Coquetel para deixar bêbado
Fisiologistas americanos querem acrescentar uma advertência nas bulas de remédios à base de ácido acetilsalicílico, como a Aspirina: segundo eles, a substância facilita a embriaguez.
Fisiologistas da Faculdade de Medicina Mount Sinai, em Nova York, nos Estados Unidos, querem acrescentar uma advertência nas bulas de remédios à base de ácido acetilsalicílico, como a popular aspirina: segundo eles, a substância facilita a embriaguez. Depois de um farto café da manhã, cinco voluntários beberam um coquetel de suco de laranja e álcool, em doze equivalente a duas taças de vinho. No dia seguinte, a operação foi repetida, mas dessa vez foi oferecido um comprimido de aspirina junto com o desjejum. Então, os fisiologistas notaram que o remédio aumenta em cerca de 34% a dosagem de álcool na circulação sanguínea. Isto é, quando uma pessoa toma aspirina e, mais tarde, bebe três doses de uísque, o efeito é o mesmo de que quatro doses em condições normais, sem a presença do medicamento no organismo. Em tubos de ensaio, constatou-se que isso acontece porque o ácido acetilsalicílico diminui a atividade de uma enzima do estômago que, ao reagir com o álcool, impede sua absorção. Sabe-se que essa enzima é encontrada em menores quantidades no organismo das mulheres. Por isso, os fisiologistas supõem que a combinação de aspirina e álcool pode ser desastrosa, especialmente para o sexo feminino.