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O carro é o novo cigarro

Poluente, causador de acidentes e fonte inesgotável de trânsito, o automóvel substitui o tabagismo na lista de vilões da sociedade

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 26 fev 2011, 22h00

Texto Vitor Leal Pinheiro

É cada vez menos bacana ter um carro. Afinal, ele polui, causa congestionamentos e mata. Só em São Paulo, os automóveis são responsáveis por 97% do monóxido de carbono emitido na cidade, segundo dados da Cetesb, e mataram, em 2008, pelo menos 4 748 pessoas, entre acidentes de trânsito e mortes por doenças respiratórias e cardiovasculares. Somem-se a isso os engarrafamentos cada vez mais quilométricos – na capital paulista, o recorde é de 300 quilômetros -, e você tem o cenário perfeito para as restrições ao uso. Assim como ocorreu com o cigarro, que desde a década de 1950 tem sido combatido com leis cada vez mais severas, o espaço do automóvel está diminuindo em várias partes do mundo.

Um dos primeiros locais a fazer isso foi Londres. Em 2003, a cidade vivia engarrafamentos constantes. Então o prefeito Ken Livingstone implantou o pedágio urbano no centro da cidade. Desde sua implantação, o número de veículos que entram na zona de restrição diminuiu 21%, enquanto a quantidade de pessoas usando ônibus aumentou 6%. Entre 2007 e 2008, o equivalente a R$ 400 milhões foram levantados com a iniciativa – e reinvestidos em transporte público.

Seul, capital da Coreia do Sul, também tomou uma medida polêmica para restringir o uso do carro. Uma via elevada, parecida com o Minhocão em São Paulo, cobria o rio Cheonggyecheon, por onde passavam, todos os dias, cerca de 160 mil carros. Em 1999, o prefeito iniciou um projeto para despoluir o rio, demolir o viaduto e construir um parque linear no local. Inicialmente criticada, a obra virou motivo de orgulho. O prefeito? Virou presidente.

Uma das empreitadas mais recentes foi em Nova York. A Broadway, um dos maiores símbolos da cidade, teve parte de suas pistas transformadas em praças, com bancos, guarda-sóis, áreas para pedestres e faixas exclusivas para ciclistas. Com o fechamento das pistas, o trânsito, que muitos diziam que iria piorar, acabou se tornando mais fluido, já que muita gente passou a deixar o carro em casa.

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As medidas antifumo tiveram história parecida: começaram impopulares, mas foram ganhando, aos poucos, a aprovação das pessoas. Em São Paulo, a nova lei tem a aprovação de 88% da população. Por isso, não se espante se, daqui a um tempo, as pessoas o olharem feio por ter um carro ou guiar na frente das crianças. É o sinal dos tempos.

+ Bus Rapid Transit
O sistema de ônibus rápidos, ou BRT (ônibus de trânsito rápido, na sigla em inglês) é uma solução de transporte eficiente e barata – custa em torno de R$ 20 milhões por quilômetro, contra R$ 100 milhões do metrô. O mais famoso é o TransMilenio, de Bogotá, na Colômbia. Mas a tecnologia é brasileira e foi criada em Curitiba, nos anos 80. Lá, 2 milhões de pessoas usam o sistema todos os dias.

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+ Andar a pé
Uma ideia para melhorar a vida de quem anda a pé é focar as pessoas com dificuldade de locomoção. Se elas puderem realizar um trajeto, todo mundo é capaz. Um exemplo disso foi a reforma para tornar acessíveis as calçadas da av. Paulista, em São Paulo. Em 6 meses, a iniciativa elevou o fluxo de pessoas em 15%. São mais de 1,2 milhão de pessoas passando por lá todos os dias.

+ Car-sharing
O sistema de compartilhamento de automóveis, chamado de car-sharing, já existe em cidades como São Francisco, Londres e Berlim. Funciona assim: você escolhe um carro online e reserva. Em um dos estacionamentos do sistema, um carro reconhece você por meio de um cartão e abre as portas. A chave está no porta-luvas. Na volta, estaciona no mesmo local – a vaga é garantida.

Em Viena, Budapeste ou Berlim, os bondes tradicionais fazem parte da paisagem. Mas outras cidades vêm investindo nessa alternativa, como é o caso de Portland, nos EUA. Além de silencioso, confortável e rápido, o bonde é mais barato de construir do que o metrô.

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