Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Países que proíbem a palmada são melhores para o crescimento das crianças

Pesquisa afirma que jovens que crescem sem levar uns tapas dos pais viram adultos menos briguentos.

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 16 out 2018, 19h01 - Publicado em 16 out 2018, 17h40

Já há alguns anos, a palmada tem sido contestada como uma medida educativa eficiente. Especialistas afirmam que a punição física só gera resultados momentâneos, podendo prejudicar na formação da criança. E, agora, um estudo liderado por pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, comprova isso: países onde a palmada é proibida são lugares mais seguros para crianças crescerem.

Isso acontece por um motivo simples: jovens que crescem sem receberem palmadas batem menos. A pesquisa constatou que, nos países que proíbem castigos físicos, as brigas entre jovens são muito menores do que naqueles que permitem. O estudo, inclusive, levou à renovação de pedidos, no Canadá, de que sejam proibidas tais práticas dentro de casa.

“A associação [das palmadas] com problemas acadêmicos e de saúde mental entre crianças que têm essa experiência no início da vida é muito bem estabelecido”, disse Frank Elgar, coautor da pesquisa.

Ao todo, o estudo envolveu pesquisadores do Canadá, EUA e de Israel. Eles examinaram resultados de pesquisas realizadas em escolas de 88 países entre 2003 e 2014. Mais de 400 mil jovens (entre homens e mulheres) foram questionados sobre quantas vezes brigaram fisicamente com os outros. A idade dos entrevistados variou de 11 a 25 anos, dependendo da pesquisa.

A partir disso, a equipe considerou se a punição corporal era legal em um determinado país e, em caso afirmativo, se a proibição era apenas nas escolas ou em casa também. Vinte dos países pesquisados não tinham proibição nenhuma, incluindo Zimbábue e Marrocos. Enquanto isso, 30 deles, como Suécia e Tunísia, tinham uma proibição em todos os contextos a partir de 2017.

Continua após a publicidade

Alguns países tinham o que podemos chamar de “proibição parcial”. No Reino Unido, há variações. Na Inglaterra a batida é proibida, mas os pais podem usar uma “punição razoável” (um tapinha no bumbum, por exemplo, mas não uma surra de cinta). Já na Escócia e no País de Gales, os governos estão tomando as medidas cabíveis para proibir totalmente as punições físicas.

Já o Brasil possui uma legislação que também pode ser considerada parcial: desde a Constituição de 1988, a lei proíbe punições físicas severas (como surras e espancamentos) em crianças. Mas, em relação às “palmadinhas”, ainda cabe aos pais decidir se são válidas ou não. Em 2014, foi sancionada a “Lei da Palmada”, pela então presidenta Dilma Rousseff, que ratificou o que já existia: o direito da criança e do adolescente serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou tratamentos cruéis e degradantes.

Os pesquisadores também descobriram que os meninos tinham três vezes mais chances de brigar com frequência do que as meninas, o que significa chegar às vias de fato no mínimo quatro vezes ao ano.

Eles constataram que tais brigas eram 31% menos comuns entre garotos e 58% em garotas de 13 anos que moravam em países com uma proibição total de punição corporal em relação àqueles países que permitiam.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.