Denis Russo Burgierman, diretor de redação
Quando folheio a maioria das revistas na banca, me dá a sensação de que o mundo segue igual ao que sempre foi: imutável, previsível. Vejo aquelas reportagens meio parecidas sobre o PT e o PSDB, sobre futebol e carnaval, sobre crimes e castigos. Mas aí olho à minha volta e o que enxergo é um mundo muito doido, em plena transformação, cheio de gigantes desmoronando e de recém-nascidos se agigantando. O mundo está mudando loucamente, como nunca antes, tão rápido que é difícil acompanhar.
Aqui na SUPER, não nos interessa falar sobre aquelas coisas que todos já sabemos. Muito do nosso trabalho é entender as mudanças colossais que estão acontecendo hoje e contar a você o que interessa. Por que está mudando? O que mais deve mudar? Como será depois da mudança? Acreditamos que, se fizermos direito esse trabalho, a SUPER será importante para você: sua dose mensal de conhecimento necessária para navegar neste mundo turbulento (aliás, agora reforçamos a dose: passamos a publicar sete reportagens por edição, além das seções, uma a mais que antes).
Este mês a revista está cheia de exemplos de análises das mudanças que estão acontecendo agora e do que elas significam para você. Na página 56, contamos a história trágica de Aaron Swartz e tentamos entender o que ela diz sobre o futuro do compartilhamento na internet. Na página 80, apresentamos a mineração espacial, uma indústria novíssima, com tanto potencial que pode tirar o mundo da crise e fazer mais dinheiro em apenas um asteroide do que toda a economia de todos os países da Terra somados. Na página 22, especulamos sobre os significados da renúncia do papa Bento 16 e o futuro de uma das mais antigas e imensas instituições do mundo, a Igreja Católica. Na página 24, investigamos a tragédia de Santa Maria e tentamos entender o que precisa mudar no modo como o poder público zela pela nossa segurança. Na página 60, viajamos para Berlim, um novo tipo de cidade, cuja riqueza é a criatividade.
Mas, em meio a tantos assuntos novos, escolhemos para destacar na capa as perguntas mais antigas que existem. Por mais que o mundo mude, as grandes questões que tiram o nosso sono continuam sendo as mesmas de sempre. Deus existe? O que acontece depois da morte? Qual é o sentido da vida? A partir da página 44, você vai descobrir que, mesmo para essas perguntas quase tão antigas quanto o tempo, há respostas tremendamente novas.
Grande abraço.