Na verdade, pneus não precisam ser pretos. Já foram fabricados pneus coloridos – que resultaram em retumbantes fracassos de vendas.
O que dá a cor escura ao pneu são pigmentos chamados negros-de-fumo ou negros-de-carvão. Essas substâncias também deixam a borracha mais dura e resistente. Não fossem elas, o pneu seria acastanhado (cor da borracha natural) ou amarelado (como a borracha sintética). Além disso, seria mole demais para aguentar atrito, abrasão e altas temperaturas. A bem da verdade, se fosse só de borracha, nem daria para moldar o pneu.
Substâncias alternativas aos negros-de-fumo tornam a fabricação do pneu com cores um tanto cara. Somando a isso o fato de um pneu colorido gritar aos olhos em um mundo de rodas pretas, temos um fiasco comercial.
Atualmente, os pneus diferentões fazem sucesso principalmente em bicicletas para crianças, que não se preocupam tanto com o item discrição. No ramo automotivo, a Michelin já fabricou, em 1998 (época da Copa do Mundo na França), 12 mil unidades do pneu Artilheiro, com banda de rodagem nas cores verde e amarelo.
Um ano antes havia lançado o Coraldo – com nove opções de cores para a banda de rodagem. Produtos assim causaram protestos nos EUA, onde moradores não gostavam de ver o asfalto todo colorido pelas arrancadas e freadas.