Cientistas da Du Pont nos Estados Unidos conseguiram criar um material com propriedades supercondutoras muito menos tóxico do que a mistura de metais com que no ano passado foi possível pela primeira vez transportar eletricidade sem resistência a uma temperatura de 148 graus negativos – um recorde ainda insuperado. A receita é quase igual. A experiência anterior usou um composto de bário, cálcio, oxido de cobre e tálio, esta última uma substância extremamente tóxica, por isso mesmo empregada como veneno de rato (SUPERINTERESSANTE n.º 6, ano 2). Na nova mistura, o chumbo substitui em parte o tálio; por sua vez, o estrôncio toma o lugar do bário. Por enquanto, a fórmula só permitiu supercondutividade a 151 graus negativos – em todo caso um grande avanço sobre os 175 graus negativos do composto de ítrio, bário e cobre que pôs o assunto na ordem do dia e os 159 graus negativos da cerâmica à base de bismuto. Os cientistas acreditam estar a caminho de um novo recorde: supercondutividade a apenas 93 graus negativos – e com mais segurança.