A década de 80 registrou a maior elevação global de temperatura deste século e 1987 foi considerado o ano mais quente de que se tem notícia em nível mundial, a ponto de ter matado dezenas de pessoas na Grécia. Esse aumento de calor foi constatado pela agência americana NOAA, que fornece os dados meteorológicos nos Estados Unidos. Segundo a NOAA, houve um aumento de 0,21 grau centígrado de temperatura do começo do século até 1950. Desde então, o termômetro mundial marcou mais 1,5 grau. Os meteorologistas não fixaram ainda os valores específicos dessa última década. Em relação ao Brasil, sabe-se apenas de um ligeiro aumento de temperatura nas regiões Sul e Sudeste em 1987.
Os meteorologistas da NOAA acreditam que há motivos para apreensão. Eles registram a coincidência entre o aquecimento da Terra e a elevação do nível de dióxido de carbono na atmosfera por causa das queimadas, queima de combustível e poluição das fábricas. Se isso for mais que uma coincidência, será a prova de que estão ocorrendo os primeiros e alarmantes sinais do efeito estufa, em que gases poluidores aprisionam o calor na atmosfera, provocando um aumento de temperatura que, num prazo indeterminado, elevaria o nível dos mares e derreteria parte das calotas polares. Para o meteorologista do INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais) Luiz Carlos Molion, “é preciso ter cautela, pois o aquecimento da Terra pode ser causado por fenômenos mais inofensivos”. Em nome da cautela, de qualquer forma, é bom não tirar os olhos da coluna de mercúrio.
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