Cientistas alemães descobriram finalmente a causa do repentino crescimento de algas verdes que dizimou a fauna do mar do Norte, no primeiro semestre do ano. A têmperatura mais quente do que o normal para a época e um aumento no volume de poluenetes – desde fezes animais e detergentes caseiros, ambos ricos em nitratos e fosfatos – formaram na água uma verdadeira sopa nutritiva. Bem alimentadas, as algas microscópicas passaram a se duplicar a cada vinte horas, criando uma espessa camada de limo.
Foi uma praga: havia por litro de água do mar do Norte a média de 10 milhões de algas vorazes, consumindo todo o oxigênio disponível, mais do que três vezes a quantidade considerada fatal para as demais formas de vida marinha. Resultado: nas praias dinamarquesas, centenas de focas apareceram mortas ou com os pulmões em petição de miséria. Na Suécia, dezenas de toneladas de trutas e de salmões foram encontradas sem vida. O desastre não foi menor na Noruega, onde se tentou até rebocar as fazendas de criação de peixes para a segurança dos fiordes. As algas acabaram por dispersar-se, mas, enquanto não for controlada a poluição das águas na região, o mar do Norte poderá a qualquer momento virar novamente um mar morto.