Se ele nasceu no Brasil, sim. Mas em alguns países da Europa – como França e Portugal – os pais têm que conter a imaginação na hora de escolher o nome dos rebentos. Em Portugal, por mais que queira, você não vai poder chamar sua filha de Sophia. Desde 2001, o nome está na lista de nomes não admitidos pela Direção Geral dos Registros, um órgão subordinado ao Ministério da Justiça.
O objetivo dos nossos patrícios é proteger o idioma. Por lá, todo nome deve ser adaptado à grafia e à fonética lusitanas. É por isso que Sophia não pode, mas Sofia, sim. Quando o nome não consta da lista dos permitidos, mas também não está proibido, um consultor da Direção investiga suas origens e a grafia correta e determina se ele deve ou não ser aceito.
Já na França, a tradição tem origem religiosa. O calendário gregoriano, divulgado em 1592, determina um santo para cada dia do ano e a Igreja passou a só batizar as crianças com nomes de santos. O costume perdurou até 1993 e, nas prefeituras, os oficiais de registro civil eram orientados a proibir nomes fora do calendário. Depois desse ano, a lei passou a permitir nomes diferentes, contanto que não sejam muito esdrúxulos, como Peugeot, ou muito polêmicos, como Hitler.