As lentes da liberdade
Num poema em homenagem a Espinosa, o poeta português Jorge de Sena o apresentou como ¿judeu sem sinagoga e sem península.
Sérgio Alcides
Num poema em homenagem a Espinosa, o poeta português Jorge de Sena o apresentou como “judeu sem sinagoga e sem península”. Mas talvez esse desamparo tenha sido justamente o que permitiu que o filósofo afastasse da política a teologia, fundando-a na razão e na busca da liberdade. A filósofa brasileira Marilena Chauí, nos cinco ensaios e conferências reunidos em Política em Espinosa (Companhia das Letras), ajuda-nos a entender esse pensamento, e revela sua espantosa (e subversiva) atualidade.