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Conversamos com Brad Bird, o diretor de “Os Incríveis 2”

A nova aventura sobre a família de super-heróis chega aos cinemas brasileiros em 28 de junho

Por Marília Marasciulo
Atualizado em 21 jun 2018, 16h36 - Publicado em 20 jun 2018, 19h25

Após 14 anos, a família de super-heróis criada pela Pixar volta aos cinemas em Os Incríveis 2. Desta vez, o longa mostra a Mulher-Elástica se tornando uma celebridade, enquanto Senhor Incrível fica em casa encarregado de cuidar das crianças. A produção é novamente escrita e dirigida por Brad Bird, com quem batemos um papo.

Quase uma década e meia separa o primeiro e o segundo filme. Por quê?
Não tem um motivo específico. Se fosse puramente algo para dar lucro, ele teria sido feito há muito tempo, mas eu provavelmente não teria dirigido. Atualmente existe essa presunção de que, se um filme tem sucesso, você precisa fazer uma sequência. Isso não é bom. Acho que não pode ser obrigatório.

A tecnologia mudou bastante de lá para cá. Tem algo que você queria ter feito no primeiro filme, mas só foi possível agora?
Não exatamente. As mudanças são bem importantes para nós do estúdio, mas não é necessariamente algo que o público nota. Por exemplo, ninguém vai perceber, mas os personagens agora parecem muito mais com aquilo que desenhamos originalmente.

E como foi voltar a esses personagens?
Muito fácil. Esse filme pode parecer comercial, mas ele é estranhamente pessoal para mim. Tem muitas coisas que eu amava quando tinha 10 anos. Além do mais, consegui misturar as dinâmicas familiares do tempo dos meus pais com a que eu tenho hoje com minha esposa e meus filhos.

Atualmente estamos vivendo a “febre dos super-heróis”, com dezenas de filmes feitos sobre esse universo. Isso afetou alguma coisa na produção?
É muito mais difícil fazer uma história única agora, até porque não há só filmes de super-heróis, há séries de TV também. O que faz a nossa história única é ela ser sobre uma família. Os superpoderes deles são baseados nos papéis clássicos de mulheres, homens e crianças. Espera-se que o pai sempre seja forte, a mãe pareça conseguir se esticar em milhares de direções, adolescentes queiram ficar invisíveis e bebês sejam um mistério. Acho que o que fez o filme tão bem-sucedido é que todo mundo se identifica com pelo menos dois dos personagens.

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