Alexandre Versignassi
1. Contém spoilers
Tá quase! Vai começar a 6ª e última temporada de Lost. Hora das últimas hipóteses (ou chutes) sobre o que, afinal, está acontecendo na ilha. Aqui vai em 3 níveis de chute: do mais possível até a especulação pura.
Chute colocado
“A 4ª temporada foi a dos flash forwards, a 5ª, a das viagens no tempo. Esta agora vai ser diferente”, disse Damon Lindelof, um dos produtores. Então esta pode ser a das realidades alternativas, dos universos paralelos – um desdobramento natural quando o assunto é viagem no tempo. A pista: https://gd.is/GFek
Chute do meio-de-campo
Os produtores dizem que vamos ter muitos elementos da 1ª temporada. Então cenas que já vimos lá atrás podem acontecer de novo, mas em outro contexto. Uma pista: a estreia nos EUA acontece em 2 de fevereiro. É o Dia da Marmota, que em Feitiço do Tempo (filme amado por nerds e simpatizantes) é o dia que se repete para sempre.
Bicuda de olho fechado
Vimos que Jack e cia. causaram a explosão da bomba em 1977 – ou seja: foram responsáveis pela situação da ilha no presente. Para que esse esquema circular se aprofunde, Jacob, a figura central da história, precisa ser alguém que já conhecemos. Quem? Aaron. Uma versão adulta, e viajada no tempo, do filho da Claire.
LOST. 9 de fevereiro no canal AXN.
2. O universo numa casca de noz
A câmera começa na Terra e vai se afastando até o fim do Universo conhecido. Tudo na escala certa, com precisão matemática. Cortesia do Museu Americano de História Natural:
3. Apocalipse Now agora
“Guerra ao Terror”. Que horror. Parece nome de filme do Chuck Norris (o original é The Hurt Locker, uma gíria para “abrigo antibomba”, já que o protagonista é um desarmador de explosivos, que aparece com seu traje blindado na foto aqui). Seja como for, trata-se de um dos maiores filmes de guerra da história: um thriller hiper-realista, sem heróis nem vilões, que transporta você para dentro da guerra do Iraque, e da mente conturbada dos soldados. Assisti-lo hoje é uma experiência comparável à de ter visto Apocalipse Now (1979) há 30 anos. Nada menos que isso.
GUERRA AO TERROR. 5 de fevereiro nos cinemas.
4. CSI portátil
Grau 26 é o primeiro livro do criador de CSI, Anthony Zuiker. A história é típica da série, com a polícia investigando cenas de crimes para encontrar um serial killer. Mas o livro está indicado aqui por outro motivo: cada capítulo traz uma palavra-chave que dá acesso a um vídeo no site do livro. E eles servem de complemento para a história. Uma ideia já bem disseminada no mundo dos seriados, mas que demorou para chegar ao dos livros.
Grau 26, Anthony Zuiker, Editora Record, 434 págs., R$ 39,90
5. Algoritmo quente
A cozinha molecular muda a forma e a textura dos alimentos. E traz ao mundo coisas como espuma de peixe e suco sólido. É mais ou menos isso que o quadrinista Apostolos Doxiadis (um australiano de origem grega) fez com a obra de Bertrand Russel: colocou a essência do pensamento do filósofo e matemático inglês em quadrinhos. Ficou saboroso como uma espuma de chocolate. P.S.: Por enquanto só tem em inglês.
Logicomix, Editora Bloomsbury, 352 págs., US$ 14 (+ US$ 10 pelo frete mais barato da Amazon).
6. Além da imaginação
Richard Matheson, 83 anos, foi um dos melhores roteiristas de Além da Imaginação, a série dos anos 60. Richard Kelly, 34 anos, dirigiu e escreveu o cult Donnie Darko, de 2001. Esses são os dois motivos para assistir A Caixa, um filme baseado num conto do primeiro e dirigido pelo último. A história: um casal recebe a caixa aqui em cima. Se apertarem o botão dela, algum desconhecido morre. E eles ganham US$ 1 milhão.
A CAIXA, 5 de fevereiro nos cinemas.