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Fallout: o que você precisa saber antes de assistir à série do Prime Video

A produção da Amazon se baseou no universo da famosa franquia de games para criar a sua própria história sobre um apocalipse nuclear.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 15 abr 2024, 09h24 - Publicado em 12 abr 2024, 19h00

Na última quinta (11), chegou ao Amazon Prime Video todos os oito episódios da primeira temporada de Fallout. A história se passa em 2296, em uma Terra completamente devastada por uma Guerra Nuclear. Lucy, uma jovem que passou sua vida toda dentro de um bunker, deixa sua proteção para se aventurar no deserto perigoso de uma Los Angeles devastada em busca de seu pai.

A série é baseada em uma das franquias mais conhecidas dos games, criada pela Interplay Entertainment e agora sob propriedade da Bethesda Softworks. Fallout começou em 1997 e conta com seis títulos principais, além de vários spin-offs.

O tema central do jogo é um mundo pós-apocalíptico devastado por bombas nucleares. A estética tem fortes influências do chamado atomic punk e é intensamente inspirada na cultura americana da década de 1950, principalmente no visual e na música. 

Segundo Todd Howard, diretor da Bethesda, ideias de uma adaptação da franquia para as telas já rolavam desde Fallout 3, lançado em 2008. Várias propostas foram feitas, mas nenhuma delas agradou Howard.

Até que ele conheceu Jonathan Nolan (irmão de Christopher Nolan). Os dois conversaram sobre suas ideias para uma adaptação e, depois de muitas rejeições da Bethesda, parecia que eles haviam encontrado algo.

“A gente se deu bem desde nossa primeira conversa por telefone”, conta Howard em um trailer comentado da série. “Ficou muito claro que Nolan jogou e amou os jogos, e tinha uma visão do que poderia ser na tela. Fomos muito, muito pacientes. Assim que a encontramos, ficou muito claro para nós que essa seria a maneira certa de trazer Fallout para a tela.”

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Por mais que a Bethesda esteja trabalhando em Fallout 5, que seria o novo título da franquia, a série tem sido descrita como uma continuação direta da história que foi contada nos games até aqui.

“Cada um dos jogos é uma história distinta – cidade diferente, protagonista diferente – dentro da mesma mitologia. Nossa série se relaciona com os jogos assim como os jogos se relacionam entre si. É quase como se estivéssemos fazendo Fallout 5. Não quero parecer presunçoso, mas é apenas uma versão não interativa, certo?”, disse Nolan.

A relação entre a série e o futuro jogo não para por aí. Howard pediu para os roteiristas deixarem algumas ideias de lado, porque ele já havia pensado nelas para o game.

Se você, diferente de Nolan, não é especialista em Fallout, não tem problema, dá para assistir à série numa boa. A produção não adapta um jogo em específico, ela é uma história original na mitologia criada pela Bethesda. A narrativa é acessível a novos espectadores enquanto também agrada fãs com easter eggs e referências, que conectam a série aos jogos.

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Mas, se você quiser assistir com algum contexto prévio, a gente te leva pela história do game:

A Guerra Nunca Muda

No século 21, Estados Unidos e China reencenam a Guerra Fria. Motivados por disputas políticas e grande briga por recursos naturais, principalmente petróleo, ambas as nações se tornaram mais e mais militarizadas – e agressivas.

A ONU acabou, os EUA fecharam suas fronteiras e o mundo entrou em conflito. Invasões, ataques militares e bombardeios viraram rotina.

Devido à escassez de petróleo, alguns países começaram a investir pesado em tecnologia nuclear – e, com isso, veio o medo de um ataque atômico. A paranoia constante fez com que os EUA lançassem o Projeto Safehouse. Com ajuda da empresa Vault-Tec, eles criaram 122 abrigos subterrâneos ao longo do país, projetados para aguentar a radiação nuclear. São esses os famosos Vaults (“cofre” ou “caixa-forte”, em inglês) que você verá na série.

Em 2077, o que todos temiam de fato aconteceu. As nações nucleares resolveram apertar os botões, lançando suas bombas e dizimando completamente a Terra.

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Plantas e animais que não morreram pela radiação sofreram mutações permanentes. Alguns humanos, pelo menos nos EUA, sobreviveram dentro dos Vaults. Lá, eles contam com todo o equipamento necessário para sobreviver, isolados do mundo exterior.

A maioria dos jogos de Fallout começa quando uma geração de nascidos em Vaults, que nunca conheceu a vida lá fora, precisa sair e explorar uma terra desolada por algum motivo.

Na série, Lucy (Ella Purnell) é uma habitante do Vault 33 que, depois de ter seu pai raptado, decide deixar o abrigo e encarar uma Los Angeles completamente devastada, repleta de saqueadores, gangues e monstros radioativos. 

No caminho, ela conhece Maximus (Aaron Moten), membro de uma organização tecnomilitar e religiosa chamada Irmandade do Aço. Graças às suas raízes no exército americano, a facção tem membros espalhados por todo o país. Eles procuram relíquias tecnológicas em cidades em ruína. Usam armaduras pesadas e são fãs de armas gigantes.

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Em sua jornada, Lucy também vai conhecer as consequências das mutações radioativas em humanos. Os ghouls eram pessoas normais que não conseguiram chegar aos Vaults antes dos ataques nucleares. Por causa da exposição excessiva à radiação, alguns foram transformados em monstros de pele brilhante.

Alguns ghouls, porém, ficam menos deformados. Mas ainda assim sofreram preconceito devido à sua pele esfolada. Curiosamente, eles desenvolveram o efeito colateral de viver por centenas de anos além de serem resistentes a baixos níveis de radiação. Na série, Cooper Howard (Walton Goggins) é um ator famoso de Hollywood que foi transformado nesse tipo de ghoul nos ataques de 2077. Depois disso, ele passou a ganhar a vida como pistoleiro e caçador de recompensas.

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