Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Inteligência artificial coloca rosto de Harrison Ford em cenas de “Solo”

Com auxílio de 'deepfake', o rosto do ator aparece no lugar do de Alden Ehrenreich, o Han Solo do último filme da franquia. Entenda como isso foi possível

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 26 out 2018, 15h19 - Publicado em 22 out 2018, 20h00

“Solo: Uma História Star Wars” estreou em maio de 2018 e foi o segundo filme derivado do universo de Star Wars. Mas, ao contrário dos outros, ele não foi necessariamente um sucesso.

O longa acumulou US$379 milhões de dólares, valor que está abaixo das produções da nova leva de filmes. A título de comparação, aqui vão outras bilheterias da saga que foram um  estouro:

“Star Wars: O Despertar da Força” (2015) – US$2,06 bilhões

“Rogue One: Uma História Star Wars” (2016) – US$1,05 bilhão

“Star Wars: Os Últimos Jedi” (2017) – US$ 1,32 bilhão

Continua após a publicidade

O fraco desempenho nos cinemas e as críticas variadas fizeram com que a Disney suspendesse temporariamente os spin-offs de Star Wars. Um dos comentários negativos mais recorrentes sobre a aventura solo (com o perdão do trocadilho) do lendário personagem, é que foi muito difícil desassociar Han Solo, vivido no filme por Alden Ehrenreich, de Harrison Ford – ator que o interpreta nas versões originais.

Cabeças trocadas

Como se atendesse o clamor dos fãs, o usuário do YouTube ‘derpfakes’ lançou em 15 de outubro um vídeo com cenas de “Solo” com uma pequena modificação: quem estrela essa produção é o jovem Ford dos anos 70. Abaixo, você pode assistir ao resultado.

Continua após a publicidade

Convincente? De acordo com o criador, para trocar os rostos dos atores, ele utilizou imagens de Ford do início dos anos 70. A época é anterior ao primeiro filme da saga, “Uma Nova Esperança” (1977) – o que faz sentido, já que a ideia do spin-off é contar a vida do personagem antes dos eventos da franquia principal.

Além de “Solo”, outros artistas e personalidades já deram as caras estrelando vídeos desse canal. De Nicolas Cage a Donald Trump, todos foram criados utilizando uma técnica chamada “deepfake”.

Deepfake?

A origem do termo “deepfake” vem das expressões em inglês “deep learning” (“aprendizado profundo”) e “fake” (“falso”). Para entender esse fenômeno recente, é preciso compreender o que é exatamente a aprendizagem profunda.

O “deep learning” é uma evolução das metodologias de aperfeiçoamento de inteligência artificial. Ela deriva do “machine learning”. O conceito, que veio junto com os primeiros avanços em inteligência artificial, nos anos 50, quer dizer, literalmente, colocar um computador para aprender. A ideia é fazer o cérebro eletrônico estudar algoritmos até que entenda como ler dados e tomar decisões acertadas. É como se, vendo um mesmo filme várias vezes, ele pudesse reproduzir o que aprendeu fazendo uma história totalmente nova.

A técnica ganhou novos patamares com as tecnologias mais modernas e o grande volume de dados criado pela internet – o chamado big data. Um bom exemplo de aplicação é o software de recomendação da Netflix. Conforme você escolhe os filmes e séries que vai assistir, o computador vai sendo treinado a reconhecer o seu gosto. A partir daí, tudo muda na plataforma, das indicações de filmes e séries às fotos de capa de cada produção, que se alternam conforme o comportamento do usuário.

Continua após a publicidade

Recentemente, a técnica começou a ser usada para a construção de notícias e depoimentos falsos – as “deepfakes” propriamente ditas.

Esse vídeo não é meu

A tecnologia pode nos proporcionar coisas muito boas. Na linha de Star Wars, o uso da computação gráfica permitiu, por exemplo, que o personagem Governador Tarkin (interpretado por Peter Cushing, morto em 1994) aparecesse em “Rogue One”:

Continua após a publicidade
(Lucas Film/Disney/Montagem sobre reprodução)

Como nem tudo são flores, ela também possui o seu lado obscuro. Em 2017, quem começou a onda de vídeos falsos foi um usuário do fórum Reddit que, em 2017, criou um software de “deep learing” que permitia ao usuário trocar o rosto de uma atriz de filme pornô pelo de celebridades. O programa analisava milhares de imagens de atrizes, modelos e cantoras para criar um padrão de rosto para cada uma. Depois, era só jogar no video desejado e ter um filme protagonizado por quem quer que fosse.

A partir daí, o negócio desandou. A exemplo dos combate às fake news, não demorou para que surgissem campanhas que alertassem o quão fácil era criar manipulações do tipo – e quais os riscos disso. Em abril de 2018, o BuzzFeed lançou um vídeo no qual o cineasta Jordan Peele (que estrou filmes como “Corra” e “Pantera Negra”) entra na pele do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Vale o aviso do que pode vir por aí.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.