Nunca um acontecimento atraiu tantos telespectadores como o funeral da princesa Diana, em 6 de setembro de 1997. Nada menos do que 2,5 bilhões de telespectadores no mundo inteiro acompanharam cada momento do enterro de Lady Di. A cerimônia foi transmitida simultaneamente por seis emissoras de TV britânicas e por dezenas de outras em todo o planeta. Em Londres, cerca de 1 milhão de pessoas se aglomeraram nas ruas para acompanhar o cortejo. Um número recorde de condolências foi enviado pela internet: nada menos do que 580 000 pessoas deixaram mensagens de pêsames no site oficial da monarquia britânica.
É fácil entender o motivo da comoção: Diana, uma das maiores celebridades da era moderna, teve uma morte trágica e envolta em teses conspiratórias. Ela morreu esmagada nas ferragens de um Mercedes, aos 36 anos, em Paris. No acidente no Túnel de L’Alma, ocorrido na madrugada de 31 de agosto de 1997, morreu também seu namorado, o playboy egípcio Dodi Al Fayed. A polícia francesa concluiu que foi um acidente e culpou o motorista, Henri Paul, que dirigia em alta velocidade, estava bêbado e sob efeito de tranqüilizantes. O pai de Dodi, o milionário Mohamed Al Fayed, no entanto, não aceita essa versão e acusa a família real britânica de estar por trás da tragédia. Segundo ele, a monarquia britânica temia uma desmoralização caso Diana se casasse e tivesse filhos com um muçulmano como Dodi.