Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Round 6: entenda o sucesso por trás da nova série da Netflix

O drama sul-coreano, que traz uma mistura de Jogos Vorazes com Fall Guys, já ultrapassou Bridgerton e se tornou a produção mais vista na plataforma de streaming.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 14 out 2021, 17h17 - Publicado em 1 out 2021, 19h07

Um grupo de pessoas recebe a proposta de passar por uma série de jogos com a possibilidade de ganhar dinheiro no final. Todos do grupo estão sem grana, repletos de dívidas e sem perspectivas de melhora em suas vidas financeiras. Sem muitas informações sobre o jogo, eles aceitam o desafio. Mas as competições guardam algo peculiar: quem perde, morre. 

Esta é a sinopse da série sul-coreana Round 6, também chamada de Squid Game (Jogo da Lula) em alguns países. A produção, que estreou no dia 17 de setembro, está chamando a atenção nas redes sociais e já gerou muitos memes. Os internautas discutem tanto enredo envolvente do seriado quanto outras polêmicas, como as acusações de plágio voltadas ao diretor. 

De toda forma, o sucesso da série é inegável. Em palestra na Code Conference, Califórnia, o CEO da Netflix, Ted Sarandos, anunciou que a produção pode se tornar uma das mais vistas da plataforma, ultrapassando Bridgerton. A série baseada nos livros de Julia Quinn atingiu 82 milhões de acessos em apenas 28 dias. Apesar dos números de Round 6 ainda não terem sido revelados, a série estreou há apenas duas semanas e já lidera o top 10 da plataforma em diversos países, incluindo Brasil e Estados Unidos. 

O que explica o sucesso da série

Essa resposta pode ser dividida em diferentes tópicos, começando pela crítica ao capitalismo. São, no total, 456 jogadores, que podem levar para a casa a bolada de 45,6 bilhões de won coreanos (mais de R$ 200 milhões). Os participantes colocam a vida em risco em troca de pagar as dívidas, enquanto os organizadores do evento ficam entretidos com as cenas de morte e humilhação. 

Em determinada cena, os participantes optam por ir embora dos jogos, o que é aceito pela regulação do evento. Pouco depois de retornarem às suas rotinas, todos são convidados a participar do desafio novamente. A maioria, mesmo sabendo o que esperar, escolhe voltar. Pois consideram que a realidade é mais assustadora que a iminência da morte. 

Continua após a publicidade

Os jogos simples, porém extremamente sangrentos, também chamam a atenção. Apesar de algumas das brincadeiras serem típicas da Coreia do Sul, outras como bolinha de gude e cabo de guerra são jogadas em vários lugares do mundo. É uma tensão misturada com nostalgia. O criador da série, Hwang Dong-hyuk, explicou em entrevista à revista Variety que escolheu jogos simples e de fácil compreensão para que o telespectador não precisasse se esforçar para entender a proposta, podendo se concentrar na complexidade dos personagens.

E aqui entra o terceiro tópico: os personagens, apesar de terem as dívidas em comum, vivem realidades bastante diferentes. O protagonista, interpretado por Lee Jung-jae, é um homem desempregado que busca o respeito de sua família. Junto ao seu grupo, está um idoso simpático, uma desertora norte-coreana, um imigrante paquistanês e um investidor fracassado. 

Um último motivo que pode explicar o sucesso da série nos Estados Unidos e Reino Unido é o fato de Round 6 ter sido lançado com uma versão dublada em inglês. De modo geral, os falantes da língua inglesa estão menos acostumados a ver filmes e séries legendados – diferente do Brasil, já que boa parte do conteúdo consumido aqui é de língua estrangeira, principalmente inglês.

Continua após a publicidade

Hwang Dong-hyuk e as acusações de plágio 

Round 6 está longe de ser o primeiro sucesso de Hwang Dong-hyuk. O diretor também trabalhou no musical de comédia Miss Granny (2014), que foi adaptado para outros sete países. Além disso, o diretor aborda questões sociais em seus filmes desde o início da carreira. A obra My Father (2007), por exemplo, mostra a relação entre um jovem soldado e seu pai biológico, um assassino condenado que está no corredor da morte. Outro longa, Silenced (2011), foi inspirado na história real de alunos que sofriam abuso sexual em uma escola para pessoas com deficiência auditiva.  

Dong-hyuk tem recebido acusações de plágio por Round 6. Algumas pessoas apontaram semelhanças entre a série e o filme japonês As The Gods Will, de 2014, que mostra alunos do ensino médio competindo em jogos mortais. O diretor, por sua vez, explicou à revista Variety que começou a idealizar o projeto em 2008, bem antes da estreia do longa. 

Suas referências, na verdade, vieram dos mangás, principalmente Battle Royale e Liar Game. O primeiro conta a história de alunos do ensino fundamental forçados a lutar até a morte, enquanto o segundo é sobre um jogo em que o melhor mentiroso entre um grupo de pessoas leva o dinheiro. O diretor ficou pensando como seria viver nestes universos, e originou sua história a partir daí. 

Continua após a publicidade

Para aqueles que clamam por uma segunda temporada, vale manter as expectativas baixas. Dong-hyuk não pretende trabalhar em uma continuação para a história tão cedo. Ele está trabalhando em um filme provisoriamente chamado de KO Club (abreviação para Killing Old Men Club), que traz a premissa de uma guerra entre gerações. O criador de Round 6 explicou que, caso seja confirmada uma continuação, outros escritores e diretores devem ser convidados a trabalhar no projeto. 

A série de nove episódios traz cenas explícitas de violência e morte. O conteúdo pode ser delicado para pessoas que passam mal ao ver sangue. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.