Show ao vivo de artista morto
O rapper Tupac Shakur foi ao palco neste ano apresentar-se para 85 mil pessoas na Califórnia. Detalhe: Tupac morreu em 1996. A ressureição foi uma holografia. Ou quase, fãs de Star Wars. Diferentemente de um holograma, a animação teve apenas duas dimensões. Qual o truque? Projetá-la numa película quase invisível, no meio do palco, fazendo um duo com seu amigo vivo Dr. Dre.
Bruno Romani, Maurício Horta, Rabisco Estúdio
1. Animação póstuma
Do corpo atlético aseus movimentos, toda a animação foi gerada a partir de fotos e vídeos de arquivo pela empresa Digital Domain, de forma semelhante ao personagem de Brad Pitt em O Curioso Caso de Benjamin Button.
2. Projetores
No topo do palco – e bem fora do campo de visão da plateia – 3 projetores trabalham em sincronia, disparando as imagens para o mesmo ponto, abaixo do palco. A ideia é turbinar a projeção.
3. Espelho
Deitado no chão, uma superfície refletora recebe a projeção e a rebate em direção ao palco.
4. Película
Um filme de plástico PET é posicionado no palco num ângulo de 45º em relação à plateia. Ela recebe o reflexo vindo do espelho no chão e dá vida ao falso holograma.
5. Quase invisível
A película de 10 m de largura por 4 m de altura tem espessura de 1 micrômetro (um fio de cabelo tem espessura de 70 micrômetros).
6. Fundão
A imagem na película tem duas dimensões. Mas um truque simples dá a impressão de ser 3D: ela é instalada na frente dos outros músicos, que permanecem visíveis. Isso dá profundidade de campo.
Já rolou antes
O mesmo tipo de projeção já aconteceu no passado. Em 2011, Mariah Carey se apresentou em 5 lugares ao mesmo tempo. Em 2006, a banda de desenho animado Gorillaz tocou com Madonna no Grammy. A grande diferença: ninguém estava morto.
Fontes Av Concepts, Digital Domain, Musion Systems e UAU Mídia.