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Succession: a dica para o final estava em um dos sobrenomes da série 

A referência, nada óbvia, pode ter vindo de uma jogada de beisebol de 103 anos atrás. Entenda.

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 29 Maio 2023, 15h23 - Publicado em 29 Maio 2023, 06h15
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  • Este texto contém spoilers do último episódio da série. Depois não diga que não avisamos, ok?

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    Succession, a saga dos bilionários mais desprezíveis (e amados) da HBO, acabou. Em quatro temporadas (que, juntas, somam 39 episódios), o público acompanhou a saga da família Roy – e a disputa para ver qual dos filhos de Logan (Brian Cox) herdariam o comando do seu império de mídia, a Waystar.

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    E os herdeiros…perderam. Kendall (Jeremy Strong), Shiv (Sarah Snook) e Roman (Kieran Culkin) viram os negócios do pai passarem para o sueco Lukas Matsson (Alexander Skargård), um empresário à la Elon Musk que adquiriu a Waystar em uma intricada negociação que guiou os episódios derradeiros.

    Como parte da estratégia, Mattson escolheu um CEO americano para a empresa, sob a justificativa de que isso facilitaria a transição. O chosen one para o cargo foi Tom Wambsgans (Matthew MacFadyen, que, veja só, é britânico).

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    Pois é. Se você sempre acreditou no eterno Mr. Darcy de Orgulho e Preconceito (2005), faça a sua festa, torcedor. É a vitória dos puxa-sacos.

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    Achou o desfecho inesperado? Há quem discorde. Na última semana, um vídeo que viralizou na internet sugere que isso sempre esteve na cara dos espectadores – para enxergá-lo, bastava ser um nerd de beisebol.

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    Prazer, Bill Wambsganss

    No TikTok, Sophie Kihm, editora do canal Nameberry (focado em nomes de bebês) apresentou a história de Bill Wambsganss (1894-1985), um antigo jogador da MLB, a principal liga de beisebol dos Estados Unidos. Sim: a grafia é um pouco diferente da do personagem de Succession.

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    (A teoria, vale dizer, já circulava há algum tempo. Mas foi o vídeo de Kihm que, de fato, disseminou a coisa)

    @nameberry.com Do the names on Succession reveal the show’s ending? #succession #hbomax #tomwambsgans #billwambsganss #shivroy #successionhbo #successiontok #successionfinale #babynames #nameberry ♬ Epic Inspiration – DM Production

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    Bill jogou por 13 temporadas em alguns dos times mais tradicionais do país, como o Boston Red Sox. Em 1920, foi campeão pelo Cleveland Indians – e, na quinta partida daquela final, fez uma jogada que entrou para a história: uma queimada tripla sem assistência (em inglês, “unassisted triple play”).

    Essa é uma das jogadas mais raras do beisebol. Ela só aconteceu 15 vezes na MLB – e Wambsganss segue como o único a tê-la feito na pós-temporada: o momento dos jogos eliminatórios até a final do campeonato.

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    Bill com o uniforme de campeão do mundo.
    (Wikimedia/Montagem sobre reprodução)

    Para entender o triple play, vamos à uma aula express do esporte.

    Em uma partida, os times alternam entre momentos de ataque e defesa. Quando a equipe que está atacando acerta uma bola, o rebatedor pode correr. O seu objetivo é passar pelas quatro bases sem ser eliminado. Se fizer isso, ganha um ponto.

    Enquanto a defesa recupera a bola, rebatedores anteriores que permaneceram a salvo em uma das bases do campo podem retomar a corrida para tentar garantir o seu ponto (“anotar uma corrida”, no jargão do esporte).

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    É aí que entra o trabalho da defesa. Se o time eliminar três jogadores adversários, ganha o direito de atacar.

    Há mais de uma forma de eliminar alguém. Você pode pegar a bola rebatida no ar, antes que ela encoste no chão. Quem estiver com a bola em mãos pode também encostar em um adversário correndo ou “queimar” uma base, para que o oponente não possa ficar nela.

    A defesa, então, é um grande trabalho de equipe – para tentar a eliminação, os jogadores e arremessam a bola para quem estiver mais perto da base (ou do adversário).

    Queimar um jogador? Ótimo. Dois, numa mesma jogada? Fantástico. Três? Raríssimo: desde 1876, houve apenas 733 triple plays – média de cinco por temporada. Por ano, há 2.340 jogos na temporada regular da MLB.

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    Do beisebol para Succession

    Tudo isso ajuda a entender o feito histórico de Wambsganss – que, sozinho, mandou três jogadores para o chuveiro.

    Wambsganss jogava como defensor da segunda base. Segundo o relato do jornal The New York Times, em determinado momento da partida contra o Brooklyn Robins, Bill saltou com o braço esticado, agarrou a bola e aterrisou na segunda base, da qual era o defensor. Com isso, ele eliminou, de cara, dois jogadores.

    Bill foi rápido e, logo na sequência, percebeu que havia um jogador correndo da primeira para a segunda base. O coitado não teve tempo de dar meia volta: Wambsganss correu até ele e o eliminou também.

    Uma queimada tripla é rara porque não bastam apenas as qualidades individuais dos jogadores. Para que ela aconteça, é preciso também que a posição dos jogadores, a rebatida e o lugar em que a bola vai parar favoreçam a jogada. Um arranjo complexo. Mas claro: não vamos tirar o mérito do querido Bill.

    Ora, e Succession? Bom, junte A com B e temos que Tom eliminou três jogadores (os irmãos Roy) de uma só vez. Jesse Armstrong, criador da série, ainda não confirmou (nem desmentiu) a teoria do final improvável para o personagem – tão improvável quanto o triple play do seu xará.

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