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Vade retro, Satanás!

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h59 - Publicado em 6 dez 2005, 22h00

Marcel Nadale

O Exorcismo de Emily Rose

Direção: Scott Dickson, Duração: 119 minutos

Para alguns, O Exorcismo de Emily Rose vai parecer assustador. Outros o acharão apenas sensacionalista. Na verdade o filme nem se compara à história real que o inspirou – a de Anneliese Michel, que enfrentou uma das mais longas e polêmicas possessões demoníacas oficialmente reconhecidas pelo Vaticano.

Em 1968, aos 16 anos, Anneliese começou a ter surtos diagnosticados como epilepsia. Seu comportamento desafiava os médicos. Internada por dois anos em um hospital psiquiátrico, dizia ver e ouvir o Diabo em suas preces diárias. Em casa, xingava e mordia os próprios pais, que decidiram trancafiá-la por anos no porão. Anneliese então passou a se alimentar de carvão, aranhas, moscas e da própria urina. Rasgava as roupas e destruía todo tipo de material religioso. Dizia-se dominada não apenas por Satã, mas também por Caim, Judas, Nero e até mesmo Hitler.

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A Igreja Católica, que inicialmente desconfiava do caso, assumiu-o apenas em 1975. Por quase um ano, submeteu a menina a até duas sessões semanais de exorcismo. Mas era tarde demais. Anneliese morreu de inanição em 1976, depois de passar quase 10 anos convivendo com o Capeta.

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5 coisas que nunca lhe contaram sobre exorcismo

1. Rituais de expulsão do demônio ainda são comuns. Em junho deste ano, uma freira romena que se dizia possuída morreu após ser pendurada numa cruz e mantida 3 dias no escuro, sem comida ou bebida e com um pano na boca, como parte de seu exorcismo.

2. Exorcistas oficiais da Igreja Católica montaram um “sindicato” em 1992. A Associação Internacional de Exorcistas organiza encontros em Roma e mantém uma newsletter na qual todos podem comentar “os ossos do ofício”.

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3. Em 1999, o Vaticano revelou nova orientação sobre o exorcismo, admitindo pela primeira vez a possibilidade de que o “possuído” esteja apenas sofrendo de problemas psicológicos. A última vez que o papado havia se posicionado sobre o assunto foi em 1614.

4. Em média, a cada 5 mil casos de possessão, só um é confirmado pela Igreja. Para tanto, o endemoniado deve ter 4 sintomas: força física além do normal, aversão a imagens católicas, falar em línguas que nunca aprendeu e revelar informações que não teria como saber.

5. Os distúrbios mentais mais comuns que a psicologia acredita motivarem diagnósticos errados de possessão são epilepsia (movimentos involuntários), esquizofrenia (sensação de ouvir vozes) e síndrome de Tourette (ataques verbais incontroláveis).

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