Nos tempos de estudante do bioquímico suíço Johann Friedrich Miescher (1844-1895), seus professores já sabiam que os genes tinham a ver com a hereditariedade. Mas não faziam a menor idéia de como eles transmitiam características de pai para filho, até porque não sabiam do que eram feitos. Em 1868, estudando o pus de feridas, o jovem Miescher isolou uma substância que chamou de nucleína, porque desconfiava que era proveniente do núcleo das células. Cinco anos mais tarde, o cientista mostrou que ela era, na verdade, um ácido, hoje conhecido por ácido desoxirribonucléico, o popular DNA, que forma os genes. Apesar de ter conseguido prestígio na carreira, Miescher morreu aos 51 anos, muito antes de ver a substância descoberta por ele ser responsabilizada pelas características herdadas. Afinal, isso só ficou provado em 1946 por cientistas americanos do Instituto Rockfeller em Nova York.