Amigos de fé
Não importa sua origem, todo xamã costuma invocar, em seus rituais, os espíritos do mundo animal e vegetal
Norte-americano

Suas principais práticas são a inipi (“tenda do suor”, sauna indígena à base de pedras escaldantes ) e a “busca da visão” – peregrinação em jejum e isolamento. Entre seus “animais de poder” destacam-se o coiote e a águia que, encarnados pelo mago, transmitem ensinamentos à tribo. A “planta de poder” mais comum é o peiote, botão de cacto celebrizado pelos livros do antropólogo transformado em xamã Carlos Castañeda.
Sul-americano

As plantas da floresta constituem o principal intrumento de cura e conhecimento dos xamãs amazônicos. Duas delas – o cipó Banisteriopsis caapi e o arbusto Psychotria viridis – se combinam na bebida ayahuasca (“vinho dos espíritos”), considerada a grande professora. O tabaco também é usado para afastar maus espíritos e os animais cultuados são a onça e a jibóia. Enquanto seus colegas da América do Norte usam tambores, seu instrumento é a maraca (chocalho de cabaça).
Aborígene

De acordo com os nativos australianos, a dimensão sobrenatural que governa nosso mundo é o chamado Tempo dos Sonhos. Para obter poder e conhecimento, os xamãs têm de viajar a esse universo paralelo e encontrar a Grande Serpente Arco-Íris, símbolo da fertilidade e da vida. Eles também possuem uma forte ligação com cavernas, acreditam entrar em contato com as forças dos reinos subterrâneos.
Esquimó

Os xamãs da região ártica usam máscaras de feições aterrorizantes para representar seu poder – capaz de transportá-los, em espírito, ao fundo do mar e atravessar o gelo até o submundo, onde resgatam a alma dos enfermos. Eles também invocam os espíritos dos animais que desejam caçar (baleias, morsas, caribus e ursos), para negociar a alimentação de sua aldeia.
Siberiano

Na região de onde vem a palavra “xamã”, o animal cultuado é a rena. Seu couro é utilizado na vestimenta de proteção contra ataques de espíritos malignos e na confecção do tambor, principal instrumento de poder dos magos curandeiros da Sibéria. Eles acreditam que a alma do animal sobrevive no tambor e pode guiá-lo em seus transes – muitas vezes induzidos com a ajuda do cogumelo alucinógeno Amanita muscaria.
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