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Crânio humano em forma de cubo de 1.400 anos é encontrado no México

Pesquisadores especulam que a modificação craniana única poderia servir como um marcador social

Por Bela Lobato
9 dez 2025, 16h00 •
  • No sítio arqueológico e Balcón de Montezuma (Sacada de Montezuma), no estado mexicano de Tamaulipas, pesquisadores encontraram um crânio humano com um formato incomum: achatado, com arestas retas como as de uma caixa. O fóssil, que pertenceu a um homem de 40 anos, foi datado em 1.400 anos, e pertencia a uma aldeia de 90 casas circulares na região. Entre 650 a.C. e 1200 d.C, aquela área foi ocupada por diversos grupos étnicos mesoamericanos.

    Fotografia da Investigações do INAH em materiais da Zona Arqueológica de Balcón de Montezuma.
    Investigações do INAH em materiais da Zona Arqueológica de Balcón de Montezuma. (Instituto Nacional de Antropologia e História do México/Reprodução)

    Não é a primeira vez que um crânio modificado é encontrado na Mesoamérica, embora os mais comuns sejam os em formato de cone, tecnicamente conhecidos como oblíquos. Para moldar a cabeça assim, as pessoas fixavam placas, bandagens e outros suportes na cabeça dos bebês para incentivar o crescimento mais alongado para cima.

    Entretanto, segundo o comunicado do Instituto Nacional de Antropologia e História do México, o formato reto e achatado do crânio encontrado é único. Em outras culturas mesoamericanas, já eram conhecidos os crânios tabulares, com ângulos mais retos mas voltados para o alto, e não tão achatados como esse. 

    Os pesquisadores especulam que o formato do crânio possa ter significados culturais específicos, embora ainda desconhecidos. Muitas culturas daquela região usavam as modificações cranianas para marcar o pertencimento a diferentes grupos culturais. 

    Como exemplos desse formato de crânio com topo achatado só haviam sido observados fora da região, incluindo ao sul, no estado de Veracruz, e na área de ocupação maia, os pesquisadores quiseram verificar se o homem era nativo ou estrangeiro.

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    Para isso, os pesquisadores analisaram amostras retiradas do colágeno e dos ossos e dentes do fóssil. A análise de isótopos estáveis de oxigênio e bioapatita apontam que o indivíduo nasceu, viveu e morreu nessa região de Sierra Madre Ocidental. Os resultados descartam uma migração direta, mas é possível que a modificação tenha sido feita por membros de outro grupo, vindos de El Zapotal ou mais ao sul. 

     

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