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Marinheiros italianos sabiam da existência da América 150 anos antes de Colombo

A conclusão veio após a análise de uma obra de 1345. O estudo indica que marinheiros de Gênova, na Itália, já sabiam da existência da América do Norte.

Por Luisa Costa
12 out 2021, 19h47

O dia de hoje (12) é conhecido como Dia de Cristóvão Colombo: foi nesta data que, em 1492, o navegador italiano chegou à América – e abriu caminho para um período de colonização do chamado “novo mundo” pelos europeus.

É comum a ideia de que o explorador alcançou o continente por acaso – quando queria, a princípio, chegar à Índia. Mas talvez não tenha sido bem assim. Um novo estudo indica que navegadores italianos já tinham conhecimento sobre a existência da América do Norte 150 anos antes de Colombo.

O estudo consistiu na análise de um documento chamado “Cronica universalis”, escrito em 1345 pelo italiano Galvaneus Flamma, mas que só foi descoberto em 2013. No documento, Galvaneus menciona histórias de navegadores islandeses sobre “Markland” (ou “Marckalada”), uma terra no noroeste do Atlântico que seria hoje Terra Nova e Labrador, no Canadá.

Os historiadores já sabiam que as viagens de Colombo aconteceram depois das expedições escandinavas ao Canadá, no século 11 – o que se contrapõe à ideia de que Colombo foi o primeiro europeu a pisar por aqui. Mas a nova hipótese proposta pela pesquisa é que informações sobre a América já circulavam no norte da Itália antes mesmo de Colombo nascer.

“Estamos na presença da primeira referência ao continente americano, ainda que de forma embrionária, na região do Mediterrâneo”, afirma Paolo Chiesa, pesquisador da Universidade de Milão e responsável pelo estudo.

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Galvaneus era um frade que vivia em Milão e estava relacionado a uma família que governava a cidade. Ele é autor de muitas obras em latim, principalmente registros históricos como este.

 

“Cronica universalis” foi provavelmente a última obra do frade, mas ela não chegou a ser concluída. Tratava-se de uma tentativa de contar a história de todo o mundo, desde seu surgimento (considerado criação divina) ao momento de escrita. Chiesa se dedicou à transcrição, tradução e análise do documento para fazer suas descobertas.

Segundo o estudo, a cidade de Gênova teria sido uma fonte de notícias para Galvaneus: o frade provavelmente ouvia histórias de marinheiros na cidade portuária sobre terras no extremo noroeste para eventuais benefícios comerciais.

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“Essas noções sobre o noroeste provavelmente chegaram a Gênova por meio das rotas de navegação para as Ilhas Britânicas e para as costas do Mar do Norte”, afirma Chiesa. 

“Os genoveses podem ter trazido notícias que ouviram nos portos do norte [da Europa] de marinheiros escoceses, britânicos, dinamarqueses e noruegueses com quem eles estavam negociando”.

Esses rumores que chegavam à Itália (e possivelmente a outros locais do continente europeu) seriam muito vagos para receberem representações cartográficas adequadas. Por isso, Markland não era bem conhecido como um novo território na época.

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