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O chão não pára quieto

À velocidade do crescimento de uma unha, as fundações dos continentes navegam o tempo todo, moldando a face da Terra.

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Atualizado em 31 out 2016, 18h21 - Publicado em 31 out 2007, 22h00
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  • Texto Giovana Girardi

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    Há mais de 200 milhões de anos, as terras emersas do planeta eram uma coisa só – um blocaço de terra chamado Pangéia, onde não se conheciam fronteiras marítimas. A América do Sul ficava encostada na África. Ao pé das duas, estava grudada a Antártida, que por sua vez fazia fronteira com a Austrália e esta, com o subcontinente indiano. Ao norte, América do Norte e Europa se uniam.

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    A configuração atual do planeta, com vários continentes, começou a surgir há uns 100 milhões de anos e só foi possível porque a crosta (camada mais superficial e sólida do planeta) está permanentemente flutuando, em um movimento explicado pela chamada tectônica de placas.

    Abaixo do “chão firme” que habitamos, existem placas colossais que nos separam do manto, camada quente e pastosa do interior da Terra. Essas placas se movem constantemente como se fossem “balsas de rocha” sobre o manto mole embaixo delas, provocando o movimento dos continentes que estão acima delas. O movimento nasce, por um lado, de pedaços da crosta que afundam no interior do planeta e empurram os outros e, por outro, de correntes de calor que circulam abaixo das placas, como a água numa panela de pressão. Às vezes essas “balsas” se chocam, provocando terremotos e maremotos. Algumas regiões do planeta estão mais sujeitas a sofrer esses eventos, por estarem localizadas perto das bordas, em áreas de colisão entre duas placas, como a região da Califórnia, nos EUA, ou o Japão e a Indonésia. O Brasil teve a sorte de cair inteiro sobre uma só.

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    A idéia de que havia na Terra apenas um continente no passado começou a surgir logo após a descoberta das Américas. Mesmo com mapas pouco detalhados, os geógrafos da época viram que havia uma semelhança entre a costa oeste da África e a costa leste da América do Sul, como se fosse possível encaixar uma na outra.

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    A Teoria da Deriva Continental, no entanto, só foi proposta em 1912, pelo alemão Alfred Wegener. A sacada lhe ocorreu quando ele leu a descrição de fósseis de animais e plantas idênticos encontrados em lados opostos do oceano Atlântico. Uma das evidências para a ligação dos continentes está no interior de São Paulo. São os mesossauros, répteis marinhos de cerca de 280 milhões de anos cujos fósseis são encontrados tanto no Brasil quanto em rochas da mesma idade na África.

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    Havia quem imaginasse que a explicação fosse a existência, antigamente, de pontes terrestres, hoje submersas, que fariam a ligação entre os continentes. Wegener imaginou que era mais óbvio que houvesse um continente só, mas na época ele não conseguiu descobrir quais mecanismos levariam a isso. A Teoria das Placas Tectônicas só seria formulada na década de 1960 por vários geólogos independentemente.

    O passado e o futuro às placas pertencem

    A movimentação que forjou os continentes vai continuar. Veja o passado e o possível futuro desse fenômeno e entenda a estrutura básica do nosso planeta

    1. 200 MILHÕES DE ANOS ATRÁS

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    Pouco antes do começo do domínio global dos dinossauros, daria para atravessar a Terra inteira a pé. Um grande deserto domina o interior de Pangéia.

    2. 100 MILHÕES DE ANOS ATRÁS

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    Pterossauros (répteis voadores) dominam os céus do Nordeste brasileiro quando Gondwana (a parte sul de Pangéia) começa a se fragmentar para valer.

    3. HOJE

    As principais mudanças do mundo atual têm a ver com a abertura do Atlântico, a posição glacial da Antártida e a junção da Índia ao continente asiático.

    4. 250 MILHÕES DE ANOS NO FUTURO

    Uma das principais projeções feitas para o futuro tectônico da Terra é a chamada Pangéia Última, na qual uma nova configuração supercontinental surge.

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