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O pirata da cara-de-pau

Para ganhar esse prêmio tão prestigioso, o escritório de patentes teve que derrotar adversários de peso, como a Universidade de Toledo, em Ohio.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h27 - Publicado em 30 abr 2002, 22h00
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  • Denis Russo Burgierman

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    Eo grande vencedor é… o escritório de patentes dos Estados Unidos! Os americanos levaram o Prêmio Capitão Gancho de Biopirataria por registrar a patente da ayahuasca, ignorando o direito ancestral dos índios da Amazônia que há séculos utilizam esse chá medicinal e sagrado em seus rituais. Para ganhar esse prêmio tão prestigioso, o escritório de patentes teve que derrotar adversários de peso, como a Universidade de Toledo, em Ohio, Estados Unidos, que não apenas registrou a patente de uma planta medicinal etíope, como agora se acha no direito de cobrar dos nativos da Etiópia pelo uso da planta que eles próprios descobriram. O Prêmio Capitão Gancho, anunciado no final de abril, é uma iniciativa da Coalizão Contra a Biopirataria, uma associação de ONGs internacionais, para “homenagear” aqueles que fizerem os mais notáveis saques à biodiversidade ao longo do ano. Os americanos são eternos favoritos à “honraria”.

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    No ano passado, eles também levaram o prêmio por patentear uma linhagem de células humanas, retirada de um nativo de Papua Nova Guiné. Veja abaixo os vencedores das outras categorias.

    Bafo de rum

    Conheça os vencedores do Prêmio Capitão Gancho de Biopirataria

    CATEGORIA – O mais ganancioso

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    VENCEDOR – Pod-Ners LLC

    MOTIVO – Por processar pequenos fazendeiros que plantavam os tradicionais feijões amarelos mexicanos, alegando que eles estavam infringindo seu monopólio

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    CATEGORIA – O mais perigoso

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    VENCEDOR – Escritório de patentes dos EUA

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    MOTIVO – O grande vencedor do ano levou um segundo prêmio por criar o precedente de possibilitar o patenteamento de elementos químicos presentes na natureza

    CATEGORIA – Pior convenção internacional

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    VENCEDOR – Organização Mundial do Comércio

    MOTIVO – Por ignorar as propostas de vários países de reformar as leis internacionais de propriedade intelectual, criando restrições às patentes de material biológico

    CATEGORIA – Desculpa mais esfarrapada

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    VENCEDOR – Phytofarm

    MOTIVO – Por alegar que não paga os direitos do seu multimilionário remédio contra obesidade às comunidades tradicionais sul-africanas que o inspiraram porque “os povos que descobriram a planta desapareceram”

    CATEGORIA – Pior corporação

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    VENCEDOR – Monsanto

    MOTIVO – Pela sua mais recente tentativa de patentear a soja

    CATEGORIA – Pior ameaça à segurança alimentar

    VENCEDOR – Syngenta

    MOTIVO – Por negar acesso público aos dados de que dispõe sobre o genoma do arroz

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