Outros carnavais pelo mundo
Sapucaí já era. Países cristãos de todo o mundo têm festas tão criativas, bizarras e engraçadas quanto as do Brasil
Cordão do cara preta
Depois do Carnaval do Rio, o maior do mundo é o de Barranquilla, na Colômbia, cidade onde o escritor Gabriel García Márquez passou a juventude. Uma das fantasias mais comuns da festa, que reúne 1,5 milhão de pessoas, é pintar o corpo de preto e caprichar no batom, em homenagem às “negras bolonhas”, mulheres que vendem frutas e doces pelas ruas e praias do norte do país.
Olha a cabeleira
Em muitos Carnavais da Europa, o legal é se fantasiar de monstros horríveis. O melhor exemplo é o Carnaval de Mohács, pequena cidade da Hungria próxima ao rio Danúbio. Os homens tomam as ruas com máscaras assustadoras que lembram ovelhas. A origem da fantasia bizarra, dizem, vem do século 16, quando moradores de Mohács, sob domínio turco, expulsaram o exército inimigo vestindo o traje. No final da festa, as pessoas dançam em volta de uma fogueira, no melhor estilo pagão.
Ô balancê, balancê
Sim, os americanos também têm Carnavais, e dos bons. No Mardi Gras de Nova Orleans, a atração é o famoso costume do flash for beads, exibir os seios em troca de colares feitos de bolinhas plásticas em diferentes cores e tamanhos. Ganha quem enroscar o maior número deles no pescoço. Mesmo depois que o furacão Katrina arrasou a cidade, a farra anual continua.
Olodum suíço
A festa mais esperada da Suíça é o Carnaval de Lucerna. O Fasnacht começa na madrugada da terça-feira, atravessa a Quarta-Feira de Cinzas e muitas vezes segue até o domingo. São muito comuns os Guggengruppe, grupos que saem pelas ruas fantasiados com cabeças enormes e tocando instrumentos musicais sem melodia. Uma versão esquisita do Olodum.
Chegou a turma do fuzil
Em Mainz, Alemanha, a atração são os carros alegóricos que misturam humor e política. Em 2007, por exemplo, o tema foi a polêmica entre os presidentes Bush, dos EUA, e o iraniano Mahmoud Ahmadinejad.
Ai que caloôoooor…
Para os russos, o negócio é botar fantasias bem quentes e cair na neve do inverno do hemisfério norte. O maslenitsa foi abafado em tempos de União Soviética, mas voltou com o fim do comunismo.
Fogo!
Na Espanha, a melhor festa é Las Fallas, em Valência. Os festeiros demoram meses fazendo gigantescos bonecos de papel machê, que, no fim da festa, viram um grande incêndio. A anual queima de fogos vem das juntas de artesãos do século 17, que armavam enormes fogueiras para homenagear o padroeiro da cidade. Hoje, a maioria das figuras, que chegam a 20 metros de altura, é de personalidades espanholas.
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