Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Qual o real significado das músicas de protesto lançadas na ditadura?

Muitos dos hits que hoje consideramos clássicos da MPB foram feitos como forma de resistência ao regime militar

Por Pedro Spadoni
Atualizado em 18 dez 2018, 10h25 - Publicado em 17 dez 2018, 16h47

1865: “Carcará”

João do Vale e José Cândido

Ao pé da letra, carcará, uma ave de rapina típica do Nordeste, se aproveita da fragilidade dos outros para se alimentar. Na música, “carcará” serve como metáfora para os militares.

1967: “Alegria, Alegria”

Caetano Veloso

Caetano apresenta, de maneira objetiva e sucinta, um discurso contrário às ideologias impostas pela ditadura. Incentiva a fuga das convenções e das ideologias burguesas e do Estado.

No trecho “Sem livros e sem fuzil / Sem fome, sem telefone / No coração do Brasil”, denuncia a violência do regime.

1968: “Pra Não Dizer que Não Falei das Flores”

Geraldo Vandré

O trecho convoca o povo a tomar os rumos da história por meio de uma revolução. “Somos todos iguais, braços dados ou não” evoca o ideal de uma sociedade igualitária.

Continua após a publicidade

1970: “Sinal Fechado”

Paulinho da Viola

“Tudo bem, eu vou indo correndo/Pegar meu lugar no futuro, e você?/Tudo bem, eu vou indo em busca/De um sono tranquilo, quem sabe…” A letra expressa o desencontro de uma geração que luta para encontrar saídas em uma sociedade sufocada pela ditadura.

Os efeitos sonoros e a melodia ambientam a canção no trânsito urbano, reproduzindo a tensão desse período histórico.

1973: “Mosca na Sopa”

Raul Seixas

“E não adianta vir me dedetizar/Pois nem o DDT pode assim me exterminar/Porque cê mata uma e vem outra em meu lugar”. Raul canta sobre um inseto-terrorista disposto a dar trabalho aos generais.

Continua após a publicidade

1973: “Calabouço”

Sérgio Ricardo

Inspirada no estudante Edson Luís, assassinado pelos militares no restaurante Calabouço, no Rio. O refrão “Cala a boca, moço” era repetido diversas vezes.

1974: “Jorge Maravilha”

Chico Buarque

A princípio, parece se tratar de uma relação conflituosa entre sogro, genro e filha. Na verdade, a letra se referia ao general Ernesto Geisel, que odiava Chico. No entanto, a filha do militar admirava o trabalho do compositor.

Continua após a publicidade

1979: “O Bêbado e a Equilibrista”

João Bosco e Aldir Blanc

É uma referência a Clarice Herzog, mulher do jornalista Vladimir Herzog, morto pelo regime em 1975.

O trecho “a volta do irmão do Henfil” é sobre o sociólogo Herbert José de Sousa, o Betinho, exilado havia oito anos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.