Judas
Judas Iscariotes, um dos 12 apóstolos, é o mais conhecido traidor da história. Seu nome virou sinônimo de delator. Por 30 moedas de prata ele entregou aos romanos aquele que dizia ser o filho de Deus. Depois da última ceia, Judas beijou Jesus no rosto, o sinal combinado com os guardas. Vendo que Jesus seria sacrificado, Judas sentiu remorso, devolveu o dinheiro e enforcou-se.
Brutus
Marcus Junius Brutus era um dos súditos favoritos de Júlio César e, em 44 a.C., recebeu o nobre título de pretor. A vocação republicana de Brutus, porém, falou mais alto que sua gratidão. No mesmo ano ele se juntou a Cassius numa conspiração para assassinar o imperador, que teria dito a famosa frase de decepção: “Até tu, Brutus?” Dante Alighieri mandou Brutus e Cassius para o inferno na Divina Comédia.
Heinrich Himmler
Homem forte da Alemanha nazista, Himmler comandou as tropas de elite (SS) e a polícia secreta (Gestapo) e foi figura fundamental do Holocausto. Em 1945, porém, Himmler concluiu que para salvar o regime era preciso buscar a paz com o Reino Unido e os EUA. Começou a negociar a retirada de tropas, mas Hitler descobriu a traição e ele perdeu os cargos. Em maio do mesmo ano, Himmler cometeu suicídio.
Calabar
O principal traidor na história do Brasil é o alagoano Domingos Fernandes Calabar. Filho de pai português e mãe indígena, ele ajudou a Holanda a invadir o Nordeste, em 1632 (muitos territórios só voltaram ao domínio português em 1654). Preso em 1635, foi condenado por traição, enforcado e esquartejado. Em 1973 virou personagem-título da peça de teatro de Chico Buarque de Hollanda e Ruy Guerra.