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7 maneiras de parar de gastar demais

O principal segredo é interromper o ciclo de compras impulsivas antes que ele aconteça

Por Marília Almeida, de Exame.com
Atualizado em 19 fev 2018, 13h09 - Publicado em 19 fev 2018, 12h58

Você está cansado de sempre esperar ansiosamente pelo dia do pagamento? Ou quer aproveitar cada momento, mas sem deixar de pensar na fatura do cartão de crédito do mês que vem?

Pode parecer difícil interromper hábitos que você tem há muito tempo, mas pequenas mudanças no dia a dia aliviam o orçamento, podem dar fôlego para encarar gastos imprevistos e, o mais importante, preparam o terreno para o início de uma reserva financeira.

Além de passar a ter hábitos financeiro mais saudáveis, o segredo é interromper o ciclo de compras impulsivas antes que ele aconteça.

Veja abaixo sete formas de parar de gastar tanto:

1. Acabe com a comodidade

A dupla “internet e cartão de crédito” não facilitou em nada a vida dos “gastões”. Aliás, complicou, e muito.

Um dos principais motivos para o consumismo é o excesso de facilidade quando se fala em compras. Afinal, é muito tentador, quando não há um centavo na conta, tirar o cartão de crédito do bolso e se preocupar com o gasto adicional apenas no mês que vem.

Os principais sites de comércio eletrônico até permitem que os dados do cartão de crédito fiquem gravados em perfis de compra. Ou seja: nem dá para usar a desculpa de deixar o plástico em casa. Sem contar os anúncios que “perseguem” os usuários pela rede apenas porque “namoraram” um produto em uma loja virtual.

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Então, para quem quer diminuir o consumo, principalmente online, a primeira dica é remover os cartões cadastrados nesses sites. Depois, vale a clássica recomendação de guardar o plástico em uma gaveta, e utilizá-lo apenas em compras de maior valor, bem planejadas.

Criar metas para si ou em conjunto com outros membros da família, como ficar um mês sem comprar online, por exemplo, também pode ajudar no processo de refletir mais sobre cada compra.

Se você for um viciado em compras online, se arrepia com a possibilidade de bater perna em um shopping e ainda assim resolver ir até uma loja ou garimpar um determinado produtos em um centro de compras, esse pode ser um indicativo de que a compra é realmente necessária.

O mais importante é encontrar qual é o principal impulso para as compras e limitar a exposição a ele.

2. Crie regras para evitar compras por impulso

Reforçando a ideia de “limitar” a exposição a tentações, criar regras, como esperar algumas horas ou um dia para comprar produtos que custem mais de 100 reais, por exemplo, podem surtir efeito quando o objetivo é economizar.

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O mais importante é dar espaço para “respirar” e refletir se a compra é realmente necessária.

Ainda que você tenha visto uma promoção online acompanhada da advertência “última disponível” ou aquele relógio que mostra quantas horas, minutos e segundos faltam para a liquidação acabar, o importante é ter disciplina para seguir a regra, ao menos na maior parte do tempo.

O tempo até a compra não serve apenas para avaliar a necessidade da aquisição. É possível também comparar preços e verificar como enquadrar  melhor a compra no orçamento: se a oportunidade valer, de fato, a pena, pode ser interessante calcular em quantas vezes é melhor que a compra seja parcelada conforme o peso das próximas faturas, por exemplo.

3. Faça compras apenas com dinheiro vivo

Mesmo deixando o cartão de crédito o mais afastado possível ou estipulando regras antes de comprar online, ainda é possível fazer compras no cartão de débito, usando o inconveniente limite do cheque especial.

Se está difícil se livrar da comodidade do plástico, talvez seja a hora de partir para hábitos mais “radicais”, como o de usar apenas dinheiro vivo para fazer compras.

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Esse hábito, por mais inconveniente e inseguro que pareça, ajuda a ter uma noção melhor do quanto está sendo gasto. A visualização das cédulas na hora do pagamento, e a imagem da carteira ficando vazia a cada compra, permite isso.

Uma forma de diminuir a insegurança que esse hábito traz é comprar com dinheiro produtos de categoria nas quais o gasto é excessivo, como em restaurantes, lazer e presentes. É possível, por exemplo, sacar todo o dinheiro destinado a essas categorias no mês e guarda-lo em casa, de forma que seja mais fácil visualizar o quanto ainda falta e “frear” o uso para que durem até o final do mês.

Para quem não abre mão da segurança,  aplicativos de bancos e fintechs têm sido aprimorados para mostrar gastos em tempo real. Basta ter a disposição para acompanha-los com frequência.

4. Busque formas de evitar “tentações”

É viciado em compras? Então, pode ser interessante trocar os passeios no shopping, no qual lojas e descontos tomam praticamente todo o seu campo de visão, por um parque, onde tudo o que você terá para comprar é uma água de coco, por exemplo.

Você até evita lugares nos quais pode gastar demais, mas almoça todos os dias com colegas de trabalho que dão preferência a restaurantes mais caros. Resultado: o vale-refeição estoura muito antes do mês acabar e você precisa arranjar dinheiro destinado a outras categorias de produtos para comer durante o expediente. Solução: ou você tenta convencê-los a variar o cardápio ou deve buscar realizar essas refeições com colegas dispostos a almoçar em locais mais acessíveis.

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5. Crie um orçamento

Muita gente sabe que está gastando demais, mas teme colocar tudo no papel com medo de ver o tamanho do “desastre”, ou ainda ser obrigado a encarar uma mudança de estilo de vida. Mas há também quem não sabe o que está “machucando” as finanças.

Novamente, é preciso encarar a realidade. E do modo mais simples possível: coloque o seu salário ou o da família em uma planilha de Excel, retire os gastos fixos e uma eventual fatura de cartão de crédito e veja o quanto sobra.A partir daí, divida os valores entre as categorias com base em gastos passados. É importante criar uma categoria de gastos imprevistos, como com remédios, por exemplo.

Assim como fazer transações com dinheiro vivo ajuda a entender o quanto significa cada gasto, colocar todas as contas no papel dá uma noção bem mais acurada do quanto pode ser gasto.

6. Monitore suas compras

Seja com um aplicativo que colete os dados automaticamente e divida, também de forma automática, as compras por categorias; ou uma planilha do Google Doc, o importante é monitorar cada real gasto.

Pode parecer bobagem, mas os quatro ou seis reais gastos em um cafezinho e um salgado, todo dia, podem ser representativo em um orçamento já apertado por dívidas.

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O importante é que o monitoramento funcione para a família, e não permita mais “negar” que a situação está saindo do controle.

Criar um orçamento é importante porque é possível comparar o que, naquele determinado mês, saiu do controle. Além de impedir que se cometa o mesmo erro novamente, ele permite planejar de que forma o “rombo” poderá ser coberto no mês seguinte.

Ninguém está livre de excessos. Mas o essencial é saber rapidamente identifica-los para que não cresçam a ponto de se transformarem em uma “bola de neve” de juros.

7. Busque formas mais baratas de fazer o que gosta

Não quer viver uma vida de privações e ficar sem ir a restaurantes, comprar roupas e confraternizar com amigos? Então encontre maneiras mais baratas de fazer tudo isso.

Se você gosta da experiência de comer fora ao menos uma vez por semana, que tal ir naquele restaurante que tem um preço camarada mais perto de casa? Na hora de comprar roupas, pode valer a pena buscar outlets e até ruas comerciais conhecidas por cobrar preços mais em conta. E ao invés de tomar uma cervejinha com amigos em um bar, prefira reuni-los em casa, aproveitando promoções da bebida oferecidas por supermercados.

Conteúdo publicado originalmente em Exame.com

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