Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Jean-Jacques Rousseau: “Para conhecer os homens é preciso vê-los agir”

Ele queria revolucionar a música. Mas acabou contribuindo de forma decisiva em uma das maiores questões filosóficas: afinal, o ser humano é intrinsecamente bom ou mau?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 set 2019, 15h44 - Publicado em 23 out 2015, 18h50

“Para conhecer os homens é preciso vê-los agir”, Rousseau

Jean-Jacques Rousseau entrou para a história por um caminho diferente daquele que tinha imaginado. Aos 29 anos de idade, bateu às portas da Academia de Ciências de Paris disposto a ser reconhecido como um gênio: apresentou um inovador sistema de notação musical, que pretendia mudar para sempre a forma como as partituras eram escritas. A ideia naufragou quando os especialistas consideraram o método complicado demais.

O que poderia ter sido um revés definitivo acabou abrindo outra oportunidade: Rousseau impressionou Denis Diderot, um dos idealizadores da primeira Enciclopédia, que lhe encomendou alguns artigos sobre música para incluir na coleção. A amizade com os enciclopedistas despertaria em Rousseau o interesse pela filosofia, além de colocá-lo em contato com livros que moldaram seu pensamento, sobretudo de autores ingleses. Rousseau concorda com Hobbes e Locke quanto à existência de um “estado natural” para a humanidade, que teria evoluído para um estágio de civilização a partir do chamado “contrato social”. Mas, enquanto Hobbes escrevia que o homem é egoísta e selvagem, Rousseau defende o inverso: o homem é bom e livre por natureza, com virtudes inatas que são corrompidas pelas necessidades da vida em sociedade.

Essa ideia está explícita nas primeiras linhas de sua obra mais famosa, Do Contrato Social: “O homem nasceu livre, e por toda a parte está acorrentado. Aquele que julga ser senhor dos demais é, de todos, o maior escravo”. O afastamento do estado natural teria começado quando um homem decidiu tomar um pedaço de terra, criando a noção de propriedade privada. A partir daí, a única maneira de manter o controle era por meio de leis, que restringiam a liberdade natural. Com ideais de uma república democrática, ele propôs a substituição do Estado mantido nas mãos de reis e da Igreja por um governo formado por cidadãos. Esse grupo de eleitos também seria responsável por elaborar as leis de acordo com a “vontade geral”.

Os conceitos de Rousseau não entusiasmaram apenas os revolucionários franceses — no século seguinte, seus textos sobre injustiça, desigualdade e opressão seriam uma das principais influências do pensamento político de Karl Marx.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.