Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

A extinção das abelhas pode acabar com a humanidade?

Sem as abelhas, o mundo como o conhecemos entraria em colapso

Por Carolina Canossa
Atualizado em 22 fev 2024, 10h39 - Publicado em 19 ago 2014, 17h45

PERGUNTA José Roberto de Castro, São Sebastião, SP

É muito provável que sim.

A queda nas populações do inseto (Síndrome do Colapso das Abelhas), ocorre por fatores naturais e pela ação humana, por meio da destruição do ambiente das abelhas selvagens e do uso massivo de agrotóxicos e agroquímicos. No Reino Unido, por exemplo, o número de abelhas equivale a apenas 25% do necessário para a polinização. Segundo a doutora Maria Caldas Pinto, do Centro de Ciências Humanas e Agrárias da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), as abelhas são fundamentais para a humanidade.

Nesta semana, o US Fish and Wildlife Service (FWS), que funciona como o Ibama dos Estados Unidos, incluiu sete espécies de abelha na lista de animais em extinção. Só não dá para cravar um prazo para o desaparecimento completo – nosso e delas. “Dizer que ocorreria em uma determinada quantidade de anos é taxativo, mas, se não preservarmos os meios ambientes para mantermos os insetos, a previsão vai se cumprir”, afirma Maria.

  • Relacionadas

Fazendeiras naturais

O trabalho das abelhas para a agricultura é estimado em R$ 868 bilhões. Entre 2006 e 2008, uma misteriosa diminuição na quantidade de abelhas nos EUA causou um prejuízo de mais de US$ 14 bilhões

Continua após a publicidade

O zumbido do apocalipse
Sem as abelhas, o mundo como o conhecemos entraria em colapso1. Se as abelhas sumirem, boa parte dos vegetais também deixará de existir. Isso porque elas são responsáveis pela polinização de até 90% da população vegetal. Há, inclusive, apicultores que alugam abelhas para a polinização de fazendas. Pássaros e outros insetos também atuam na polinização, mas em escala muito menor2. Com a queda drástica na quantidade de vegetais disponíveis, as fontes de alimentação de animais herbívoros ficarão escassas, gerando um efeito dominó na cadeia alimentar. Os herbívoros irão morrer, diminuindo a oferta de alimento aos carnívoros, atingindo um número cada vez maior de espécies até chegar ao homem

3. Com poucos vegetais e carnes à disposição, valerá a lei da oferta e da demanda. A tendência é que os preços dos alimentos disparem, assim como os valores de outros artigos de origem animal e vegetal, como o couro, a seda e o etanol, para citar só alguns. Está formada uma crise econômica

Continua após a publicidade

4. Na luta pelo pouco alimento que restou, a população mundial pode iniciar conflitos e até guerras. A agropecuária em crise afetará vários setores da economia, gerando desemprego, queda geral de produtividade e insatisfação popular. Com fome, muitos morrerão ou ficarão doentes. Poucos conseguiriam sobreviver a esse caos

FONTES Greenpeace; Revista Electrónica de Veterinaria; Embrapa

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.