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Como era um cerco medieval?

Em vez de travar uma sangrenta batalha campal, o exército se posicionava em volta de um castelo ou fortificação

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h03 - Publicado em 18 abr 2011, 18h53

O cerco era uma das táticas militares mais comuns da Idade Média. Em vez de travar uma sangrenta batalha campal, o exército que pretendia conquistar determinado castelo ou fortificação se posicionava em volta dessa construção, evitando que os inimigos saíssem do local. “Algumas técnicas básicas de um cerco, estabelecidas na Antiguidade, são empregadas até hoje. Eram atividades que consumiam tempo e recursos”, diz o historiador australiano Stephen Wyley, um especialista em guerra medieval. Após estabelecer o cerco, o exército atacante tinha duas opções: manter a fortaleza bloqueada e esperar pacientemente uma rendição ou então organizar ataques para invadi-la. A primeira alternativa envolvia uma complicada logística para abastecer as tropas, além de grandes recursos para pagar os soldados responsáveis pelo cerco, que podia durar vários meses. Além disso, aliados do exército sitiado podiam aparecer para tentar resgatar seus companheiros.

Já a opção de invadir a fortaleza exigia o uso de máquinas de guerra, que podiam ser construídas no local ou já levadas desmontadas pelo exército atacante. Para quem se defendia, era preciso, antes de tudo, prevenir-se, investindo na arquitetura militar ao construir as fortificações. Muitos castelos eram erguidos em locais de difícil acesso, à beira de abismos ou no alto de colinas. Fossos em volta da construção e enchidos com água também ajudavam no isolamento, embora os inimigos pudessem usar terra ou galhos de árvores para tapá-los. Outra tática comum dos exércitos que lançavam o ataque era estimular traições ou rebeliões entre os sitiados, estratégias que ajudavam a vencer a batalha quase sem baixas.

Entrada forçada

Para invadir um castelo, muitas máquinas e estratégias eram usadas

Tática de espera

O exército que atacava uma fortificação podia cercá-la, bloqueando totalmente seu acesso e obrigando os defensores a se render por falta de água ou comida. A vantagem dessa tática era o pequeno número de baixas para o exército invasor. O problema é que a espera podia durar meses, se as forças sitiadas tivessem um bom estoque de suprimentos

Catapulta improvisada

A tecnologia de construção de catapultas, nascida na Antiguidade, perdeu-se com o tempo e era ignorada pelos exércitos medievais. Estes usavam uma máquina parecida, mas menos eficiente, chamada trebuchet, capaz de arremessar a 150 metros pedras de até 350 quilos

Golpe baixo

Os invasores às vezes cavavam um túnel até os alicerces da muralha, escorando-o com madeira. Depois, ateavam fogo nela, abalando o alicerce e fazendo a muralha ceder. Para se defender, os sitiados cavavam outro túnel para interceptar os inimigos, travando combates na escuridão que eram um dos momentos mais terríveis de um cerco

Subida arriscada

A alternativa mais perigosa para os invasores era escalar as muralhas com escadas. Para reduzir os riscos, eram construídas torres de madeira, que se deslocavam sobre toras ou rodas e protegiam os soldados, que usavam passarelas de madeira para ligar a torre à muralha. Os que conseguiam entrar abriam os portões

Ou vai, ou racha

Na tentativa de arrebentar o portão ou abrir uma brecha na muralha, era usado o aríete, uma grande tora de madeira, com ponta de ferro, empurrada contra a fortificação por vários soldados. Para evitar as flechas e pedras lançadas do alto pelos inimigos, era comum o uso de uma cobertura de madeira, com teto reforçado por peles de animais e placas de ferro

Chuva de flechas

Do alto das muralhas, arqueiros podiam atirar flechas contra os atacantes. Algumas flechas tinham fogo nas pontas para incendiar o acampamento inimigo

Banho fervente

Para enfrentar os invasores, os sitiados também usavam óleo ou outros líquidos combustíveis que eram fervidos em grandes caldeirões de ferro e depois despejados nos rivais. Até mesmo esgoto, recolhido em fossas, podia ser lançado

Último refúgio

Quando as muralhas eram rompidas, restava aos sitiados se trancar numa grande torre de pedra, que geralmente existia no centro das fortalezas e armazenava água e comida

Leia também:

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