Como foi o roubo ao Museu de Belas Artes de Estocolmo, na Suécia?
Foi uma ação bem coordenada que incluiu uma incrível fuga de lancha. No total, levaram US$ 42 milhões em obras de arte
ILUSTRA Filipe Campoi
Esta matéria faz parte da reportagem OS ROUBOS DE MUSEU MAIS INCRÍVEIS DA HISTÓRIA. Confira as outras:
– Como foi o roubo ao Masp, no Brasil, em 2007?
– Como foi o roubo ao Museu Isabella Stewart Gardner, em Boston, EUA?
FUGA HOLLYWOODIANA
Crime bem planejado na Suécia envolveu carros em chamas, metralhadoras e lanchas
1) 22 de dezembro de 2000, 16h45
O Museu Nacional de Belas-Artes da Suécia fica na ponta de uma península, quase todo cercado pelo Mar Báltico. Para isolá-lo ainda mais, os bandidos bloquearam ruas próximas, estacionando carros em chamas em frente aos hotéis Radisson Blu e Grand. Depois, espalharam grampos (para furar pneus) em outros pontos das vias
2) 17h15
De maneira nada sutil, três homens com máscara de esqui e metralhadora entraram no museu pela porta da frente. Renderam os seguranças e os visitantes que ainda estavam por lá e mandaram todos deitarem no chão. Enquanto um dos criminosos permaneceu de guarda na entrada do prédio, os outros dois se deslocaram rapidamente para o 2º andar
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3) 17h20
Na época, a instituição não contava com muitos dispositivos de segurança. Uma das peças mais valiosas do acervo, um autorretrato de Rembrandt, estava preso à parede apenas por um fio de arame. O ladrão só precisou de um alicate para roubar o pequenino quadro de US$ 36 milhões. Enquanto isso, seu comparsa retirava duas obras de Renoir de outra sala
4) 17h45
Em menos de meia hora, o trio finalizou o ataque, saiu do museu e embarcou numa lancha na lateral do prédio, onde um cúmplice os esperava. A fuga em alta velocidade percorreu diversos canais da cidade (o trajeto foi reconstituído posteriormente por testemunhas). Eles largaram o veículo em um píer numa pequena bacia a poucos quilômetros do Belas-Artes
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5) 6 de abril de 2001
A gangue sumiu sem deixar pistas. Mas, às vezes, a sorte ajuda. Quase quatro meses depois, uma operação da polícia de narcóticos da Suécia encontrou, sem querer, o quadro Conversa com o Jardineiro. Três criminosos estavam de posse da tela. Desdobramentos da ação renderam a condenação de oito criminosos a seis anos e meio de prisão cada um
6) Março de 2005
A segunda tela de Renoir foi recuperada quatro anos depois, do outro lado do mundo. Estava com uma quadrilha em Los Angeles. Seis meses depois, a investigação policial levou o FBI de volta à Europa, onde um agente disfarçado recuperou o autorretrato de Rembrandt em Copenhague, na Dinamarca, durante uma negociação de compra armada pela polícia. Quatro pessoas foram presas
FONTESJornaisFolha de S.Paulo,O Globo,O Estado de S. Paulo,The New York Times,The Boston GlobeeThe Guardian; sitesFBI,BBC,ArtLoss,Codart; e livroCrimes of the Art World, de Thomas D. Bazley