Por meio de uma violenta corrente elétrica que atravessa o corpo do condenado, arruinando órgãos vitais como o cérebro e o coração. Quando surgiu, em 1890, nos Estados Unidos, ela foi apresentada como um sistema moderno e eficaz para substituir métodos de execução considerados pouco civilizados, como o enforcamento, em que a pessoa agonizava por muito tempo antes de morrer. A questão é que a solução elétrica também não era imune a cenas de horror, como a de condenados literalmente fritando durante o procedimento – tudo isso diante de testemunhas, muitas das quais desmaiavam, vomitavam ou deixavam a sala de execução em pânico. Foi por essas e outras que, a partir de 1978, com o surgimento da injeção letal, considerada mais “humana”, o uso da cadeira começou a declinar. Hoje, dos 36 estados que adotam a pena de morte nos EUA – único país do mundo onde existe a prática -, apenas nove deles conservam a cadeira como uma das opções do condenado. De uso cada vez mais raro, o aparato, ainda assim, tem um currículo macabro de quase 4 500 presos eletrocutados nos EUA desde a sua introdução. :c/
TRONO LETAL
Aparato gera corrente de eletricidade que destrói órgãos vitais e aniquila o condenado
ESPONJA QUE ASSA
Uma esponja embebida em solução de água com sal é colocada entre o primeiro eletrodo e a cabeça do condenado. A solução salina conduz bem a eletricidade, facilitando a passagem de corrente para o cérebro. Sem a esponja, a cabeça pode até pegar fogo!
EQUIPAMENTO DE PRÓ-TENSÃO
O capacete de metal abriga um eletrodo, também de metal. É por esse eletrodo que a corrente vinda do gerador entra pelo corpo. O capacete é revestido internamente de lã, para evitar que o metal entre em contato com a pele, queimando-a e grudando na cabeça.
TAPA-SANGUE
Um capuz cobre a cabeça do condenado para evitar que as testemunhas vejam sua agonia. Com o choque, os músculos do rosto se contraem e os olhos podem até saltar das órbitas. Além disso, é comum ocorrer sangramento dos olhos, ouvidos e narinas.
USINA DA MORTE
Os geradores operam em ciclos de choques com tempos e voltagens diferentes. Em geral, o condenado recebe uma descarga de 2 300 volts por oito segundos, outra de 1 000 volts por 22 segundos e, por fim, uma de 2 300 volts por mais oito segundos.
CINTA-E-LIGA
Feitas de couro ou de náilon, as cintas prendem o peito, os pulsos e os tornozelos. Elas são apertadas bem firmemente para manter o condenado imobilizado, pois o corpo chacoalha violentamente durante a eletrocução.
ASSENTO ISOLANTE
Firmemente presa ao chão, a cadeira, em si, é um objeto simples, mas com um detalhe importante: é feita de madeira, para não conduzir eletricidade de forma difusa. O chão em torno do assento é revestido de borracha, também para não conduzir corrente.
CURTO-CIRCUITO
Outro fio do gerador liga-se a um segundo eletrodo – como o da cabeça -, que é preso em uma das pernas. Assim, fecha-se o circuito entre os dois eletrodos, com o corpo funcionando como condutor entre eles.
VESTIDO PARA MORRER
Como o criminoso é preparado para a execução
DEPILAÇÃO PREVENTIVA
Raspa-se um círculo de 8 centímetros no cocuruto do sujeito, para evitar que os cabelos peguem fogo. Pela mesma razão, são raspados os pêlos da região da perna em contato com o eletrodo.
EM FRALDAS
Durante a eletrocução, a pessoa perde o controle das funções fisiológicas, ou seja, urina e defeca involuntariamente. Para evitar o espetáculo grotesco, ela é vestida com uma fralda sob as calças.
EXIBIÇÃO FINAL
Tudo pronto, leva-se o condenado à sala de execução. Diante das testemunhas, ele diz algo, como o próprio nome, só para provar que está vivo. Ele então é preso à cadeira – e inicia-se a eletrocução.
FALÊNCIA MÚLTIPLA DE ÓRGÃOS
Morte ocorre por um conjunto de fatores
Como a corrente entra pela cabeça, a primeira região atingida é o cérebro. A descarga inicial, de altíssima voltagem, paralisa o órgão, “apagando” o condenado.
Com cerca de 10mA (miliampère), um choque já provoca dor. O primeiro baque da cadeira é mil vezes maior que isso! O coração pára ou, no mínimo, ocorre intensa arritmia. Nas descargas seguintes, a parada cardíaca é certa.
O calor gerado pela corrente elétrica literalmente frita os órgãos internos, como pulmões, estômago e intestinos. Já chegaram a ocorrer casos de o corpo pegar fogo!
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