Essas máquinas são chamadas de vending machines e têm todas as suas funções controladas por um processador. Com a ajuda de leitores ópticos e programas específicos, ele calcula o dinheiro recebido e o troco a ser dado e libera o produto comprado. Esse tipo de máquina parece uma coisa moderna, mas elas começaram a ser usadas ainda no século 19. Em 1888, em Nova York, já havia modelos que vendiam chicletes em estações de trem – máquinas mais complexas, como as de bebidas, apareceriam em 1937. Mas as vending machines só viraram moda mesmo nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Com a entrada do país no conflito, os americanos que não foram lutar cumpriam jornadas de trabalho de, no mínimo, dez horas. Para suportar essa carga de trabalho, além do horário do almoço, os empregados tinham direito a pequenos intervalos, momentos em que recorrer às vending machines era algo bastante prático. A partir dos anos 60, após passar décadas concentradas em fábricas e canteiros de construções, esses aparelhos se espalharam por todos os lados: escolas, hospitais, estações de metrô, postos de gasolina… Hoje, para comprar uma máquina dessas aqui no Brasil, é preciso desembolsar 12 mil reais – preço dos novos modelos importados, que dominam o mercado. As vending machines normalmente pertencem a pequenos proprietários, que compram no atacado os produtos que vendem e que também podem ganhar dinheiro alugando as máquinas a outras pessoas.
LEIA MAIS
– É possível fazer refrigerante em casa?
– Como são feitos os refrigerantes?
Loja compacta Leitores ópticos reconhecem valor de notas e moedas nas vending machines
FALE COM O GERENTE
O cérebro de uma vending machine é o seu processador. Esse “gerentão” controla um software específico para a máquina e calcula, por exemplo, se o valor depositado dá para pagar o produto ou se é preciso devolver um troco. O processador também identifica o que foi pedido após o comprador digitar um código ou apertar um botão no “menu de produtos”
PAGUE NO CAIXA
Para identificar a nota que paga o produto, um leitor óptico a escaneia, verificando microimpressões feitas na cédula pela casa da moeda (que indicam o valor) e a textura do papel. Esse leitor óptico é programável para aceitar notas de alguns valores. As cédulas não são usadas como troco e vão diretamente para um pequeno cofre na máquina
ACEITAMOS MOEDAS
Também dá para pagar com moedas. Quando uma é depositada, um outro leitor óptico entra em ação para escaneá-la e reconhecer sua espessura, diâmetro e relevo. Depois, a moeda ainda passa por uma balança supersensível que identifica seu peso. Com todos esses dados, a máquina reconhece o valor depositado e a encaminha para um compartimento de troco
FACILITE O TROCO
O leitor óptico e a balança separam as moedas, que, de acordo com o valor, seguem para diferentes espaços do compartimento de troco. A máquina é programada para dar de troco o menor número de moedas. Quando o compartimento está cheio, a moeda muda de caminho: ao passar pelo escaneamento e a balança, o processador a direciona direto para um cofre
OBRIGADO E VOLTE SEMPRE
As latas de refrigerante ficam enfileiradas na vertical. Quando uma compra é feita, o processador abre o compartimento do estoque e libera só uma lata, que cai e pode ser retirada na parte de baixo da máquina. O processador não diferencia as latas: se a bebida entregue não for a pedida, pode apostar que houve um erro humano na reposição do estoque
AQUI TEM GELO
Para vender refrigerantes, as vending machines funcionam como uma geladeira: na parte de trás delas, um motor comprime um líquido refrigerante. Ao ser comprimido, esse líquido perde calor para o ambiente e circula supergelado por um circuito de bobinas. Estas absorvem a baixa temperatura e resfriam a parte da máquina com o estoque de refrigerantes