Eles fazem com que os insetos, principalmente os mosquitos, não encontrem a gente. Para isso, os repelentes usam substâncias que têm a capacidade de entupir os microscópicos poros das antenas desses bichinhos quando eles se aproximam de nós. É que os mosquitos usam as antenas para cheirar as coisas e saber onde elas estão. Como nós respiramos e transpiramos o tempo todo, não paramos de soltar cheiros que atraem os insetos. Com o repelente, parte desse mecanismo das antenas fica fora de ação. E o bicho fica sem saber onde picar. Tudo isso parece bem simples, mas a eficiência dos repelentes ainda enfrenta alguns problemas. Primeiro: o corpo solta 340 substâncias químicas e ninguém tem certeza sobre quais atraem os insetos. Segundo: há 2 500 espécies de mosquitos e não há repelente que consiga atrapalhar as antenas de todos. Por isso não existe um produto totalmente eficaz. Mas há substâncias razoáveis, que enfrentam bem pelo menos os insetos mais comuns.
A melhor é uma chamada DEET, que está em quase todos os repelentes que a gente encontra por aí. Essa substância artificial foi patenteada pelas Forças Armadas dos Estados Unidos em 1946, após ter sido criada para proteger os soldados de picadas. Pouco depois, em 1957, os repelentes com DEET passaram a ser vendidos para todo o mundo. Eles costumam proteger o corpo por duas a oito horas e geralmente só são tóxicos em casos de uso exagerado. Também há repelentes feitos com substâncias naturais, como os de óleo de citronela, essência extraída de uma plantinha. Eles têm o mesmo princípio de ação do DEET e agradam às pessoas que não gostam de produtos artificiais. O problema é que são menos eficazes ainda, funcionando por duas horas no máximo.
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