Depende do lugar em que o carro é emplacado. Cada estado tem direito a algumas combinações de letras e números, e, dentro de cada estado, cada cidade tem sua “cota”. Isso acontece desde 1990, quando todos os veículos do país (todos mesmo: carros, motos, triciclos, caminhões, ônibus e até bondes) mudaram de placa: saíram de cena as placas amarelas, que tinham duas letras, e entraram as placas cinza, com três letras e quatro algarismos. Nessa mudança, o estado do Paraná saiu na frente e ganhou a primeira série, com as placas iniciadas em AAA. São Paulo veio em seguida e batizou a maioria dos carros de placas B, todas as que começam em C, D, E, F e G, além de uma parte das H – afinal, os paulistas são os donos da maior frota do país, com 14 646 580 veículos, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Esse foi o órgão que definiu – e zela para que seja cumprido – cada detalhe das placas: elas precisam ter 13 centímetros de altura por 40 de comprimento, ser feitas de ferro ou alumínio, ter um lacre de polietileno ou chumbo e ser presas ao veículo por um arame galvanizado e trançado. Em tempo: as letras do alfabeto que ainda não são usadas – do O ao Z – estão à espera dos carros do futuro, já que a frota do país não pára de crescer.