VIGILANTES DO PESO
Não precisa ser gordo, nem japonês, para ser um dos 800 lutadores profissionais no Japão. Mas também não dá para ser magrelo: estreantes precisam pesar no mínimo 75 quilos, ter no máximo 23 anos e medir pelo menos 1,73 metro. Candidatos fora dessas especificações precisam passar por testes físicos antes de virar profissionais
ORDEM NO TERREIRO
São seis grandes torneios (honbasho) por ano (cada um com 15 dias de lutas) transmitidos ao vivo pela TV para todo o país. As lutas são arbitradas pelos gyoji, que contam com cinco auxiliares (shimpan) e outros dois que ficam de olho no replay da TV. Os gyoji são ranqueados e o nº 1 sempre fica com a luta mais importante do dia
SOLO SAGRADO
O ringue (dohyo) é feito com terra batida e coberto com uma camada de areia. Para delimitar a área circular, onde rola o combate, são usados 20 tubos feitos com feixes de palha de arroz (tawara). Os lutadores sempre entram pelo lado leste ou oeste e o gyoji (juiz principal) sempre entra pelo sul
Um combate de sumô dura no máximo três minutos, mas a cerimônia que precede o quebra-pau demora muito mais. Apesar disso, o sumô profissional (Oozumo) é o esporte nacional do Japão. Até o imperador comparece aos torneios
1. Cumprimentam-se, fazem o shiko (movimento com as pernas) e tomam a “água do poder”
2. Lançam um punhado de sal no solo para purificá-lo
3. Frente a frente, fazem o chirichozu (movimento com os braços)
4. Voltam ao córner, jogam mais sal e fazem o shiko novamente
5. Assumem a posição de luta (shikiri), mas voltam ao córner
6. Fazem o shikiri e jogam sal mais duas vezes. Por fim, vão à luta.
Os lutadores (rikishi) disputam os campeonatos por divisão, como no futebol. A partir da 2ª divisão, os rikishi entram para a elite e tornam-se sekitori, adotando um penteado característico (veja abaixo), chamado de o-icho
Na elite, as roupas de luta (mawashi) são de seda e podem ser coloridas e, na abertura de competições, os lutadores vestem trajes especiais sobre o “cuecão”. Ele leva cores e desenhos que representam a origem, a personalidade ou o patrocinador. Na foto ao lado, o brasileiro Fernando Kuroda
Hatakikomi
Sair do caminho para deixar o oponente desabar no chão
Tsuridashi
Carregar o adversário pelo “cuecão” até tirá-lo do círculo
Uwatenage
Jogar o oponente por cima do ombro, como no judô
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