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Quais as origens da maquiagem?

Muito antes dos tutoriais no Youtube, a maquiagem já tinha fãs. Descubra as raízes do batom, do esmalte, do blush, do lápis de olho e seus colegas.

Por Natalia Rangel
Atualizado em 22 fev 2024, 10h40 - Publicado em 26 mar 2014, 18h52

SOMBRA: Proteção divina

No Egito antigo, tanto homens quanto mulheres preenchiam as palpebras com kohl, uma pasta obtida do mineral malaquita misturado com carvão e cinzas. O objetivo era proteger os olhos, considerados “espelhos da alma”, contra espíritos malignos. Especialistas acreditam que essa é não apenas a origem da sombra mas também da própria maquiagem.

LÁPIS DE OLHO: Convite ao pecado

O lápis do olho também vem do kohl. O formato em bastão foi um modo de obter traços mais delineados. Na Idade Média, o hábito foi abandonado porque a Igreja o considerava uma forma de vaidade. Mas o kohl existe até hoje, em versão aprimorada. “É o chamado kajal, muito usado por indianos e árabes”, explica o maquiador Marcus Martinelli.

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BLUSH: Beterraba na cara

O tom vermelho no rosto indica boa circulação sanguínea – e, portanto, boa saúde. Na Grécia antiga, homens e mulheres reforçavam a cor com amoras e algas marinhas. O blush atual remonta à França do século 18 quando Alexander Bourjoism, dono de uma empresa de comésticos, criou um pó à base de frutas e beterraba. Batizou-o de rouge (vermelho, em francês).Outra receita antiga foi registrada pelo dramaturgo Aristófanes, na Atenas do século 5 a.C: uma mistura de gordura e tinta vermelha.

BASE: Reboco de parede

Ao longo da história, vários povos criaram maneiras de corrigir imperfeições na pele – função atualmente resolvida com a base. Na Roma antiga, usavam giz para parecer mais brancos. No século 2, o médico e filósofo romano Galeno propôs um creme à base de água, cera de abelha e azeite de oliva. E no Japão do século 17 o segredo era uma pesada massa feita de pó de arroz, chamada oshiroi.

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RÍMEL: Presente de irmão

Foi o perfumista francês Eugene Rimmel, no século 19, que lançou a primeira forma de rímel (e o produto acabou herdando o nome dele). Rímel está para “máscara de cílios” assim como Durex está para fita adesiva. Em 1917, o químico T. L. Willian, atendendo a um pedido de sua irmã Maybel, reinventou o produto, adicionando vaselina e pó de carvão. Anos depois, fundou a empresa Maybelline e popularizou o produto na forma de bastão em tubo, o que facilitou muito sua aplicação.

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BATOM: Beleza que mata

Na Roma antiga, uma pasta gordurosa à base de cevada, chifre de veado, mel e salitre era usada como proteção para os lábios. “Os egípcios aplicavam pigmentos extraídos de algas, iodo e bromo manitol, que eram tóxicos”, diz Martinelli. A moda de pintar a boca se tornou mais difundida (e segura) no século 17, com pomadas coloridas que viriam a originar o batom

ESMALTE: As cores do status

Os egípcios também foram os pioneiros do esmalte, pintando as unhas com extratos de plantas. Mas foi na China do século 14 que surgiu a primeira mistura química para esse fim. “Era feita de goma-arábica, clara de ovo, gelatina e cera de abelha. As cores escuras eram usadas pelas pessoas de classe alta, e as claras pela população mais pobre”, explica Martinelli

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CONSULTORIA Marcus Martinelli, maquiador e professor de maquiagem na Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec).

FONTES Livro História da Maquiagem, da Cosmética e do Penteado: Em busca da Perfeição, de Ana Carlota R.Vita, e sites Portal Educação, Human Nature, Tessa Cosmetics e Makeup Atelier

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