É possível criar revólveres a raio laser?
Na teoria, sim. Mas, na prática, é difícil que um dia eles existam. “Os maiores impedimentos são o tamanho do equipamento e a energia necessária”, afirma o engenheiro Wagner de Rossi, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo. Wagner trabalha com raios laser industriais capazes de cortar enormes chapas de aço. […]
Na teoria, sim. Mas, na prática, é difícil que um dia eles existam. “Os maiores impedimentos são o tamanho do equipamento e a energia necessária”, afirma o engenheiro Wagner de Rossi, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo. Wagner trabalha com raios laser industriais capazes de cortar enormes chapas de aço. No entanto, esses equipamentos pesam mais de 2 toneladas e têm cerca de 10 mil watts de potência – algo como a potência de mais de 20 geladeiras. Desenvolver uma bateria com essa capacidade que caiba em uma pistola está muito além do que a tecnologia pode realizar, mesmo daqui a vários anos. Outro problema seria a distância dos disparos. O laser industrial fica a meio milímetro do material que irá cortar. Para um raio desses acertar um alvo a muitos metros, seria preciso controlar a perda de energia e focalizá-lo na distância correta, como uma câmera fotográfica.
Resultado: compensa bem mais desenvolver armas de projéteis, que provavelmente continuarão dominando a cena por muito tempo. Mas vale observar que nos Estados Unidos estão sendo testadas armas a laser com potência muito baixa, que uma bateria de menor porte seria capaz de gerar. O objetivo dessas armas seria emitir raios que apenas desestabilizariam os músculos da vítima, deixando-a paralisada.