Sim, por incrível que pareça é verdade. A Fifa conta hoje com 211 filiados, contra 193 da Organização das Nações Unidas (ONU) e 206 do Comitê Olímpico Internacional (COI). Mas como uma simples entidade esportiva arranjou mais países que uma organização geral, aberta a todas as nações, até àquelas que não gostam de futebol? Bem, aí os cartolas internacionais tiveram que usar um pouco do famoso “jeitinho brasileiro”. É que em 1974 a Fifa passou a ser presidida pelo nosso compatriota João Havelange, que adotou uma estratégia radical de conquistar novos filiados. Valia até mesmo atrair membros que não eram exatamente reconhecidos como países.
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Hoje, por exemplo, entre os filiados, há as Ilhas Faroe, uma possessão da Dinamarca. Ilhas Turks e Caicos, Montserrat, Ilhas Cook, Samoas Americanas e Macau também são outros membros que disputam as competições da entidade máxima do futebol, mas que não participam da ONU. Além disso, a Inglaterra, por ser o berço do futebol, tem uma federação própria, assim como Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales, com quem ela forma o Reino Unido, este sim um país reconhecido.
Mas não foi só com “seleções lado B” que a Fifa levou vantagem. Até 2002, a Suíça, que já foi sede de Copa do Mundo (em 1954), não era filiada à ONU- por uma decisão política, para preservar a tradicional neutralidade do país.