Sim. Quer dizer: existem cores que, apesar de detectadas pelo nosso cérebro, não são traduzidas pelo nosso sistema óptico, e acabamos enxergando-as como branco. As cores são formadas na nossa mente a partir de três luzes primárias: vermelho, verde e azul. As misturas entre essas luzes formam todas as outras cores que conseguimos ver, mas algumas misturas não podem ser traduzidas pelos olhos humanos – embora outros olhos, como os de alguns insetos, possam vê-las. As cores “invisíveis” são as misturas de luzes complementares, como o azul e o laranja, o vermelho e o verde, o púrpura e o amarelo. “Não existe uma cor amarelo-azulada ou um vermelho-esverdeado”, diz o físico Oswaldo Cruz Martins, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Além disso, existem radiações de luz que ficam fora da faixa a que o olho humano se adaptou, que vai do vermelho ao violeta, as cores do arco-íris. As radiações que ficam abaixo ou acima dessa faixa só podem ser vistas por pouquíssimas pessoas, além de alguns animais e insetos. Por fim, há uma questão lingüística: não estamos acostumados a alguns nuances de cores e, por isso, não temos palavras para descrevê-las – os esquimós, por exemplo, descrevem dezenas de nuances de branco da neve, mas nós não.