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O que acontece com quem recebe uma transfusão de sangue errado?

As complicações podem ser sérias

Por Yuri Vasconcelos
Atualizado em 22 fev 2024, 11h27 - Publicado em 18 abr 2011, 18h25

O sangue original da pessoa rejeita o sangue doado, causando uma série de complicações. Isso pode acontecer quando a bolsa de sangue é trocada ou por erros de identificação do paciente, que acaba recebendo um tipo sanguíneo (A, B, AB ou O) incompatível com o seu ou com fator Rh (positivo ou negativo) trocado.

Quando o sangue errado entra no sistema circulatório do paciente, o pior cenário que pode acontecer é a reação hemolítica aguda: as hemácias (células sanguíneas responsáveis pelo transporte do oxigênio) do sangue que foi doado são destruídas. Quando isso rola, os médicos devem interromper imediatamente a transfusão e medicar o paciente com soro fisiológico.

A hidratação tem duas funções: acelerar o processo de diurese (ajuda os rins a eliminar as hemácias “invasoras”) e ajudar a elevar a pressão arterial, uma das principais complicações da reação, que ocorre numa taxa de uma a cada 40 mil transfusões. A transfusão de sangue errado também pode provocar efeitos menos graves, como coceiras no corpo, reações alérgicas e febre. Além do soro, dependendo da gravidade da hemólise, o paciente pode necessitar de analgésico (para combater a dor), antialérgico ou drogas para aumentar a pressão arterial. Menos de 24 horas depois, o corpo elimina todo o sangue errado que foi recebido pela pessoa.

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Sangue ruim
Corpo reage à transfusão errada com febre, pressão baixa, taquicardia e até com xixi mais escuro

1. Quando uma pessoa recebe um sangue incompatível com o seu, suas células de defesa, os glóbulos brancos, vêem o sangue doado como “invasor” e destroem as hemácias alheias. Às vezes, parte de suas hemácias também é destruída. Esse processo é chamado hemólise

2. Um dos primeiros sintomas de que algo deu errado é a febre. O aumento da temperatura é uma reação de defesa do corpo e fruto da destruição das hemácias. É um processo parecido a quando temos febre por conta de uma infecção, só que, neste caso, o corpo vê as hemácias alheias como invasoras

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3. Como consequência do processo, o organismo produz substâncias vasodilatadoras. O efeito é a queda da pressão arterial, que reduz o aporte de sangue e compromete a oxigenação. Para compensar a pressão baixa, o coração bate mais depressa. Surgem dores no peito e nas costas

4. A queda de pressão também afeta os rins, que não funcionam direito. A pessoa perde hemoglobina (proteína responsável pelo transporte do oxigênio) pelo xixi, que fica escuro. A situação pode se agravar para um quadro de insuficiência renal aguda e até morte do paciente

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