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O que acontecia na cidade secreta de Machu Picchu?

Em 24 de julho de 1911, o arqueólogo americano Hiram Bingham encontrou estas incríveis ruínas no Peru

Por Fabio Volpe
Atualizado em 22 fev 2024, 10h57 - Publicado em 18 abr 2011, 18h57

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Em 24 de julho de 1911, o arqueólogo americano Hiram Bingham encontrou estas incríveis ruínas no Peru. Machu Picchu foi construída por volta de 1450 e pertencia ao Império Inca, que se estendeu do Chile ao Equador antes de ser destruído pelos espanhóis no século XVI. Um dos mistérios que envolvem a cidade é como os incas carregaram tantas pedras para construí-la. O trabalho não foi tão duro assim, pois a própria montanha era rica em granito. Mais complicado era extrair as rochas do terreno. Mestres no assunto, os incas usavam técnicas curiosas, como encher de água fissuras naturais nas pedras para que, à noite, com a queda da temperatura, o líquido congelasse e se expandisse, aumentando as rachaduras e facilitando a extração.

Mas o que fazia no meio das montanhas essa cidade para até 1 000 habitantes? Alguns estudiosos acreditam que era um local secreto para cultos religiosos. Já no livro Machupicchu – Universidad Inka, o arquiteto peruano Oscar Zereceda defende a tese de que o lugar teria sido uma espécie de universidade de astronomia e de técnicas agrícolas. A única certeza é que ela foi abandonada sem que nenhum colonizador espanhol a tivesse conhecido – o que você pode fazer agora.

LEIA MAIS

– O que era Machu Picchu?

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– Quem foram os incas, os maias e os astecas?

A Intiwatana (pedra de amarrar o Sol) era a peça central de um sistema de medições astronômicas, importante para definir o plantio. A Praça Sagrada tinha dois templos: o das Três Janelas (simbolizando a terra dos vivos, a dos mortos e a dos deuses) e o dos Animais (para celebrar a fertilidade).

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A entrada principal era o Portal Sul, que separava o setor urbano do rural. Na parte alta da cidade, ficava o Bairro Nobre, lar de sacerdotes, oficiais e parentes do imperador.

ARMAZÉM

Aqui eram estocados os alimentos cultivados na cidade ou trazidos de fora em tropas de lhamas, já que Machu Picchu não conseguia produzir comida suficiente para todos os seus habitantes. O local também poderia servir como uma espécie de recepção para os visitantes.

O pico Huayna Picchu (montanha jovem) era um ponto estratégico para observações astronômicas, ligado à cidade por uma íngreme escadaria.

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Na parte baixa da cidade, ficava o bairro popular, moradia de artesãos, camponeses e professores. A Praça Central era uma espécie de pátio interno, onde ocorriam as festas.

TERRAÇOS

Pareciam grandes degraus e serviam para o plantio – de batata e milho a folhas de coca, usadas para resistir à altitude. Eles tinham uma base de pedra que permitia a rápida passagem da água entre um terraço e outro. Além disso, protegiam o terreno da erosão.

O GRANDE TEMPLO

O Sol era o deus mais popular entre as inúmeras divindades da natureza adoradas pelos incas e era representado em muitos ornamentos de ouro. O Templo do Sol, o principal de Machu Picchu, tinha duas janelas posicionadas para receber os primeiros raios solares que entravam na cidade nos dias que marcam o início do verão e do inverno. Lá, sacerdotes também sacrificavam lhamas e porquinhos-da-índia para prever o futuro em suas vísceras.

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A rede de água começava nas montanhas, onde nascia a água potável que a avançada engenharia hidráulica inca distribuía por canais e pequenas fontes de pedra.

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