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O que é bioterapia?

Bichinhos curandeiros!

Por Priscila Gorzoni
Atualizado em 22 fev 2024, 10h47 - Publicado em 14 jun 2012, 13h00
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  • É o uso de organismos vivos em tratamentos médicos. Embora haja indícios de que os maias, na América Central, e os aborígines australianos tenham sido pioneiros da bioterapia, o primeiro registro oficial é a aplicação de larvas em feridas de soldados da 1ª Guerra Mundial (1914).

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    Em 1927, o cirurgião William Baer levou a terapia larval para o Hospital Johns Hopkins, em Baltimore (EUA). Com o desenvolvimento dos antibióticos, nos anos 40, a prática deixou de ser utilizada pela medicina. Até que o aparecimento de bactérias resistentes fizessem com que a técnica voltasse a ser usada nos EUA, em Israel e em alguns países da Europa como forma de tratar feridas de pacientes diabéticos, queimaduras, tumores etc.

    BICHINHOS CURANDEIROS

    Conheça os principais tratamentos bioterápicos

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    Comendo sujeira

    Bicho: Larva de mosca-varejeira (Calliphoridae).
    Tratamento: Ferimentos e queimaduras.

    É a técnica mais antiga e famosa da bioterapia, utilizada por índios e soldados. Larvas recém-chocadas são esterilizadas e aplicadas em ferimentos para acelerar o processo de cicatrização. Elas se alimentam do tecido morto (necrosado) e destroem bactérias, preservando o tecido vivo. São utilizadas, principalmente, quando o organismo do paciente não consegue limpar as feridas do próprio corpo.

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    *São utilizadas de dez a 15 larvas por centímetro cúbico da ferida, que devem ser retiradas em, no máximo, três dias.

    Vampiro do bem

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    Bicho: Sanguessuga (Hirudo medicinalis).

    Tratamento: Hematomas de cirurgias plásticas.

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    Começou a ser utilizado há mais de 2,5 mil anos na Índia. Acreditava-se que as doenças eram causadas por concentração de sangue, que era curado com uma sangria. Como a sanguessuga chupa o sangue sem causar dor, o tratamento se tornou popular. A técnica foi abandonada no século 20 por não ter a eficácia comprovada, mas voltou à tona nos EUA e na Europa, onde é utilizada no pós-operatório, reestabelecendo a circulação do sangue nos tecidos reconstituídos.

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    *No século 19, hospitais em Paris usavam até seis milhões de sanguessugas para retirar 300 mil litros de sangue por ano dos pacientes.

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    Santo veneno

    Bicho: Abelhas melíferas.
    Tratamento: Reumatismo, artrite, infecções na pele e doenças oftalmológicas.

    A apipuntura utiliza o veneno de abelhas, que tem função anti-inflamatória. O líquido é coletado para a produção de pomadas e soluções injetáveis. Também existe um tratamento mais radical, no qual o paciente recebe ferroadas de várias abelhas no local infeccionado. O tratamento não é comprovado cientificamente, mas já é experimentado contra casos de esclerose múltipla em Cuba.

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    Fontes: Arício Xavier Linhares, entomólogo e parasitólogo da Unicamp; Fernanda Leme Silva Bastos Varzim e Maria Lúcia Marcucci Torres, médicas veterinárias e docentes da Fundação de Ensino Octávio Bastos, em São João da Boa Vista, SP.

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