Hipersensibilidade Magnetica
TdF sugeriu Eduardo Rodrigues
ilustra Flávio Bá
edição Felipe van Deursen
É uma condição em que pessoas dizem ser afetadas por campos magnéticos ou fontes de eletricidade. Quando elas estão próximas de telefones celulares, redes de wi-fi ou qualquer aparelho elétrico, sua saúde estaria sendo prejudicada. A Organização Mundial da Saúde não considera a EHS (sigla de “electromagnetic hypersensitivity”) uma doença, mas um fenômeno. E recomenda tratamento psicológico aos que se dizem “eletrossensíveis”. A EHS ganhou evidência em 2015, com a série Better Call Saul (disponível no Netflix). Nela, Chuck McGill (Michael McKean), irmão do protagonista, sofre do problema. Ele evita sair de casa e obriga todos que o visitam a deixar celular, laptop e até chave de carro no lado de fora. Pouco conhecida, a EHS gera muita controvérsia.
Doença ou frescura?
Enquanto a ciência debate, dois países tomaram uma atitude a respeito
MAIS POLÊMICA
Estudos feitos nos EUA e na Europa no início do século 21(quando a EHS ficou mais conhecida) mostram que não há como provar a relação direta entre o aparecimento dos sintomas e a exposição a fontes eletromagnéticas
MENOS POLÊMICA
A comunidade médica ainda debate sobre o assunto, mas dois países já reconhecem a existência do problema: Suécia e Canadá. No país escandinavo, existem até serviços de saúde em que os níveis de exposição eletromagnética são menores que o normal
SINTOMAS
Os mais comuns registrados são sensibilidade à luz, visão distorcida, cansaço, dores de cabeça, dificuldade de concentração, perda de memória, enjoos, palpitações e até paralisia. Muitos deles são também sinais de estresse e depressão
Radiação no dia a dia
Intensidade do campo elétrico medida em eletrodomésticos (* Volts por metro, a uma distância de 30 cm)
Ferro de passar
120 V/m*
Geladeira
120 V/m*
Torradeira
80 V/m*
Secador de cabelo
80 V/m*
TV
60 V/m*
Lâmpada
5 V/m*
Uma última curiosidade
Para evitar interferência em telescópios, Green Bank (EUA) é livre de ondas eletromagnéticas. Por isso, a cidade atrai migrantes eletrossensíveis
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FONTES Associação Sueca para Eletrossensíveis, Comissão dos Direitos Humanos do Canadá, International Journal of Neuroscience, OMS, Universidade do Estado da Louisiana (EUA)
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