O que é o alfabeto fonético?
É um código internacional por meio do qual se pode conhecer a pronúncia correta das palavras em qualquer idioma. Criado por professores americanos e franceses em 1888, ele tem 107 letras e dezenas de símbolos que indicam o modo como uma sílaba deve ser pronunciada, se aberta ou fechada, por exemplo. “O alfabeto fonético não […]
É um código internacional por meio do qual se pode conhecer a pronúncia correta das palavras em qualquer idioma. Criado por professores americanos e franceses em 1888, ele tem 107 letras e dezenas de símbolos que indicam o modo como uma sílaba deve ser pronunciada, se aberta ou fechada, por exemplo. “O alfabeto fonético não é uma língua nova, como o esperanto, que pretende substituir todas as outras. Trata-se de um código para que qualquer pessoa seja capaz de falar qualquer idioma”, diz o linguista Paulo Chagas, da Universidade de São Paulo (USP). Por simplificar as coisas, é muito usado por tradutores, linguistas, cantores e atores. Além disso, o fato de ser fonético permite que idiomas sem escrita sejam “traduzidos”. Por exemplo, um antropólogo brasileiro pode transcrever a língua de uma tribo amazônica, e esse idioma ser falado por pesquisadores em todo o mundo. O visu esquisitão dos símbolos, contudo, assusta muita gente. No dicionário de português, por exemplo, a tradução fonética da palavra “porta” aparece entre colchetes, como [p??t?]; já no de inglês, “door” vem seguida de [d??r]; no de francês, “porte” vira [p??t]. São muitas combinações possíveis, que incluem símbolos gregos difíceis de falar. O som de xis de “chave”, por exemplo, vira [?]. Mas, com um pouquinho de esforço, dá para ver que a coisa é bem simples.