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O que foi o escândalo Watergate?

Episódio marcou a história política dos EUA

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 6 mar 2024, 09h06 - Publicado em 6 jan 2011, 18h34

Foi a invasão aos escritórios do Partido Democrata americano em Washington, no conjunto de edifícios Watergate. O incidente aconteceu em 1972 e, após dois anos de investigação, culminou com a renúncia do presidente Richard Nixon. A invasão rolou durante a campanha eleitoral e, mesmo com evidências ligando o episódio ao comitê de Nixon, o presidente foi reeleito com larga margem de votos.

De denúncia em denúncia…

…Um assalto aparentemente comum levou à renúncia do presidente dos Estados Unidos

1. Cinco homens invadem escritórios dos democratas, no complexo de Watergate, e são presos. O objetivo era grampear telefones para usar informações confidenciais como chantagem política – o que só é descoberto após muita investigação. De um prédio vizinho, dois ex-funcionários da CIA e do FBI coordenam a invasão com walkie-talkies

2. No dia seguinte, o jornal The Washington Post publica uma pequena nota sobre a invasão. Intrigados com a notícia, dois repórteres do próprio jornal – Bob Woodward e Carl Bernstein – começam a investigar o ocorrido e descobrem que um dos invasores tinha o nome na folha de pagamentos do comitê de reeleição de Nixon

3. Seguindo a dica de um informante anônimo, Bernstein viaja para Miami e descobre que um cheque de 25 mil dólares, pertencente ao comitê de reeleição, tinha sido depositado na conta de um dos invasores. Surge a primeira evidência concreta ligando o fundo de campanha de Nixon com a invasão em Watergate

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4. O informante é funcionário de alta patente no FBI – a polícia federal americana. Por ter acesso a relatórios confidenciais sobre a invasão, exige anonimato e ganha o apelido de Garganta Profunda. Em encontros secretos com Woodward, o Garganta confirma ou nega a autenticidade das fontes e dos dados colhidos pelos repórteres

5. A perseverança do Post, mesmo com a concorrência deixando o caso meio de lado, leva à descoberta de que assessores de Nixon conduziam um esquema de espionagem política para favorecer o chefe nas eleições. Com a pressão da imprensa e da população, é criada uma comissão no Senado para investigar o caso oficialmente

6. Em depoimento ao Senado, o advogado da Casa Branca assume que há um esquema de espionagem. Gravações de telefonemas que passavam pelo Salão Oval – escritório oficial do presidente – comprovam que Nixon comandava o esquema

7. Dois assessores e quatro integrantes da equipe presidencial são condenados. O impeachment é questão de tempo. Em 8 de agosto, Nixon renuncia num discurso dramático, via TV. Em uma rara admissão de erro, o presidente diz: “Lamento profundamente qualquer tipo de dano…”

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8. O vice, Gerald Ford, toma posse e, um mês depois, concede perdão absoluto a Nixon por qualquer crime cometido como presidente. O escândalo termina com o povo desconfiado, a imprensa mais atenta e a política americana criando processos mais práticos para investigar e combater irregularidades do governo

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Faces do crime

Eles escreveram a história do maior escândalo político dos States

BOB WOODWARD
Republicano, começou no Post em 1971 e é considerado um dos melhores repórteres investigativos da história

CARL BERNSTEIN
Democrata, Bernstein completava Woodward. Enquanto o parceiro era cauteloso e sistemático, Carl era a energia da dupla

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BEN BRADLEE
Editor-chefe do Post durante o caso Watergate. Apoiou seus repórteres mesmo sob forte pressão política contra a investigação

MARK FELT
Identidade do informante Garganta Profunda, revelada em 2005, numa entrevista à revista americana Vanity Fair

H.R. HALDEMAN
Assessor direto de Nixon, condenado em 1974. Foi um dos arquitetos do assalto aos escritórios democratas em Watergate

JOHN DEAN
Testemunha-chave da promotoria, o advogado da Casa Branca revelou que Nixon sabia do esquema de espionagem política

RICHARD NIXON
Único presidente americano a renunciar. Divide com George W. Bush o status de governante mais impopular na história do país

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