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O que são filmes B?

Termo marcou uma época específica do cinema americano

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h01 - Publicado em 18 abr 2011, 18h54
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  • planeta terror

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    Essa expressão gera uma certa confusão. “Criou-se a ideia de que todo filme vagabundo de terror ou ficção científica é um filme B. O autêntico filme B ficou no passado, nas décadas de 30 e 40. A generalização por parte da crítica está incorreta”, afirma o jornalista Carlos Primati, um pesquisador da história do cinema.

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    Originalmente, os filmes B eram produzidos pela unidade secundária dos grandes estúdios, que, nas décadas de 30 e 40, dividiam suas operações. Na unidade A, eram feitos apenas os filmes de destaque, onde brilhavam os maiores astros. As fitas que saíam da unidade B dos grandes estúdios não tinham estrelas, embora nem sempre o orçamento fosse baixo. Essa dupla produção começou durante a crise econômica americana provocada pela queda da Bolsa de Nova York, em 1929. Como os cinemas perdiam espectadores, surgiu a ideia de atrair o público exibindo dois filmes pelo preço de um.

    As sessões duplas apresentavam sempre um filme da unidade A dos estúdios e outro da B, em geral uma fita de faroeste, ficção científica ou de horror. A fórmula dois-em-um fez tanto sucesso que, em 1935, 85% dos cinemas americanos exibiam sessões duplas. Nessa época, os grandes estúdios eram proprietários de cadeias de cinemas, onde mostravam suas próprias fitas. Em 1948, uma lei os forçou a se desvincular das salas de exibição.

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    Sem o controle dos grandes estúdios sobre os cinemas, as sessões duplas perderam força e a era de ouro dos filmes B acabou. A partir dos anos 50, surgiram estúdios empenhados em fazer cinema com baixo orçamento, criando fitas que tinham temas fantásticos e apelativos e que eram exibidos em cinemas modestos. Produções com essas características — como o clássico de horror A Noite dos Mortos Vivos (1968) — acabaram sendo rotuladas como filmes B, embora essa expressão tenha nascido para definir outro período específico da história do cinema americano.

    Bons, baratos e birutas
    Aqui estão dez clássicos desse estilo cinematográfico que marcou os anos 40

    1940
    O Primata, de William Nigh
    O ator Boris Karloff é um médico que tenta curar uma garota com poliomielite. Mas, para isso, ele precisa do fluido da espinha dorsal de seres humanos. Quando um gorila perigoso escapa de um circo, ele tem o álibi perfeito para matar pessoas atrás do precioso líquido

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    O Vampiro da Morte, de Jean Yarbrough
    Após ser traído por seus assistentes, o Doutor Carruthers tem um plano original: criar morcegos gigantes para atacar seus desafetos. O doutor era interpretado por Bela Lugosi

    1941
    O Fantasma Invisível, de Joseph H. Lewis
    Uma mulher malvada (Polly Ann Young) e dominadora hipnotiza o marido (Bela Lugosi) para forçá-lo a participar de um plano de assassinato

    1942
    O Cadáver Desaparecido, de Wallace Fox
    Um cientista maluco tenta manter sua mulher jovem. Mas, para obter o elixir da juventude, ele rapta mocinhas, extrai seus fluidos corporais e os injeta no corpo de sua amada

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    Os Dragões Negros, de William Nigh
    Mais uma vez Bela Lugosi faz um cientista maluco, contratado pelos japoneses para transformar o rosto de seis orientais em cópias de importantes figuras americanas

    1943
    A Vingança dos Zumbis, de Steve Sekely
    Nos pântanos da Louisiana, o doutor Max von Altermann, papel de John Carradine, fabrica zumbis para o Exército nazista e transforma a irmã do mocinho do filme numa morta-viva

    1944
    A Dama e o Monstro, de Robert Sherman
    Um cérebro vivo (é isso mesmo!) se apossa da mente de um cientista para conseguir executar seus planos de justiça e vingança

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    A Volta do Homem-Macaco, de Phil Rosen
    Dois cientistas, Lugosi e John Carradine, encontram o corpo de um homem pré-histórico e decidem trocar o cérebro primitivo dele por um mais desenvolvido para controlar a criatura

    Barba Azul, de Edgar G. Ulmer
    John Carradine vive um criminoso vil e perigoso cujo passatempo predileto era estrangular vítimas indefesas

    1946
    Vampiro Diabólico, de Frank Wishar
    Sequência de O Vampiro da Morte. Aqui, a jovem Nina (Rosemary La Planche) pensa que herdou os instintos assassinos de seu falecido pai, o sinistro Doutor Carruthers

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