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Por que as nuvens têm formatos diferentes?

Por Fred Linardi
Atualizado em 22 fev 2024, 11h30 - Publicado em 28 out 2010, 18h42
Nuvens

Variações de umidade, circulação e temperatura do ar na troposfera – camada atmosférica que vai até 17 quilômetros de altura – determinam o formato e o tamanho das nuvens. As gigantescas estruturas que flutuam no céu se formam quando o ar quente sobe do solo carregando umidade em forma de vapor d’água. Quanto maior a altitude, mais essa massa de ar resfria, fazendo o vapor d’água condensar. As gotículas formadas nas alturas tendem a se aglomerar em blocos que, vistos de longe, se parecem com chumaços de algodão. A nuvem segue se desenvolvendo enquanto o ar que a forma for mais leve e mais quente que o ar que a rodeia. Ao longo desse processo, ela pode mudar de forma, de altitude e até mesmo despencar em forma de chuva.

– Como ocorre o raio?

Boa forma Aparência e altitude determinam os tipos de nuvem classificados pela ciência

ALTOCUMULUS

ALTITUDE – 2 mil a 5 500 metros

FORMATO – Tufo arredondado com traços suaves e regulares. Geralmente é uma pequena nuvem que se agrupa sem perder o FORMATO – original, graças à estabilidade das correntes de ar

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CIRROCUMULUS

ALTITUDE – 5 mil a 12 mil metros

FORMATO – Parecida com um grão branco, se junta a outras formando o “céu de carneirinho”. São espaçadas em intervalos regulares e, às vezes, formam uma textura encrespada

LENTICULARIS

ALTITUDE – 2 mil a 7 mil metros

FORMATO – Tipo de altocumulus que se forma quando uma massa de ar sobe pela encosta de uma montanha. Chegando ao topo, ela se expande, resfria e fica pairando ao redor do pico

NIMBOSTRATUS

ALTITUDE – 600 a 5 500 metros

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FORMATO – Densa e cinzenta, com aspecto uniforme e base dispersa. A luz do Sol nunca atravessa essa nuvem. É responsável por carregar – e descarregar – chuva e neve

CUMULUS

ALTITUDE – 600 a 900 metros

FORMATO – Tem base reta, contornos bem definidos e arredondados, e dura no máximo dez minutos. A partir daí, cresce ou se dispersa

COMO SE FORMA – Por correntes intensas de calor – quanto mais quente a corrente, mais definida é a forma da nuvem – provocadas, muitas vezes, por fogueiras e queimadas

STRATOCUMULUS

ALTITUDE – 600 a 2 mil metros

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FORMATO – Camada de névoa com base bem definida. Aparece na forma de gomos ou rolos, contínuos ou com vãos entre eles. A cor vai do branco mais intenso ao cinza-escuro

GLÓRIA DA MANHÃ

ALTITUDE – Mil a 2 mil metros

FORMATO – Rolos de nuvens densos que chegam a ter mais de 900 quilômetros de comprimento e aparecem em poucos lugares, como o golfo Savannah, na Austrália

COMO SE FORMA – Uma das explicações mais prováveis é de que seja resultado da colisão entre correntes de brisa marítima

CIRRUS

ALTITUDE – 5 mil a 13 700 metros

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FORMATO – Nuvem fina, de aparência fibrosa ou sedosa. Como se fosse um fio, de variadas grossuras, aparece bem alto, riscando o céu

COMO SE FORMA – Surge de nuvens como a cumulonimbus e até do vapor expelido pelo motor de aviões. Fica tão alta que os cristais de gelo que caem dela não chegam ao solo

CIRROSTRATUS

ALTITUDE – 6 mil a 13 mil metros

FORMATO – Parece um manto, fino e transparente, de textura fibrosa ou lisa. É difícil identificá-la, mas, quando a luz do Sol ou da Lua a atravessa, forma um halo inconfundível

ALTOSTRATUS

ALTITUDE – 2 mil a 7 mil metros

FORMATO – Cinzenta e uniforme. Por ser rarefeita, passa quase despercebida até o pôr ou o nascer do sol “pintá-la” com tons avermelhados

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COMO SE FORMA Uma camada de ar quente se eleva rapidamente, esbarrando com uma frente fria, por exemplo. Acontece quando as correntes de ar estão mais estáveis

STRATUS

ALTITUDE – Até 2 mil metros

FORMATO – Camada cinzenta e plana que pode até ser transparente. No nível do solo, aparece em forma de neblina, mas pode se condensar e se transformar numa stratocumulus

CUMULONIMBUS

ALTITUDE – 600 a 14 mil metros

FORMATO – Nuvem de tempestade que cresce exageradamente, a ponto de as gotículas do topo virarem cristais de gelo

COMO SE FORMA – Quando uma cumulus acumula calor e umidade, cresce até o topo da troposfera, virando a maior nuvem de todas

– Quando a base fica escura, significa que a luz do Sol não é capaz de atravessar a nuvem

– Em latim, nimbus quer dizer chuva

– Estima-se que uma nuvem dessas tenha energia equivalente a dez bombas de Hiroshima

CONSULTORIA – Edmilson Dias de Freitas, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP FONTE – Guia do Observador de Nuvens, de Gavin Pretor-Pinneyv

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